Guia pantaneiro reconhecido internacionalmente morre aos 49 anos
Jaguarman" o homem das onças / Arquivo pessoal
O Pantanal perdeu um dos seus maiores embaixadores. Elias Tanus, conhecido mundialmente como “Jaguarman”, faleceu na segunda-feira, 3 de novembro de 2025, aos 49 anos, vítima de um infarto fulminante na Fazenda São João, próxima a Corumbá, onde vivia e trabalhava com turismo ecológico. Alice Dal Farra, mãe dos filhos de Elias e residente em Orlando, Flórida, enviou uma emocionante despedida.
Nascido em 29 de setembro de 1976, Elias partiu em meio ao cenário que mais amava: o Pantanal. Reconhecido por sua habilidade em rastrear onças e conduzir turistas por trilhas, rios e campos, tornou-se referência pela paixão em revelar a beleza selvagem e intocada do bioma sul-mato-grossense.
Pai de Isabelle Tanus e John Isaac Tanus, ambos militares do Exército dos Estados Unidos, Elias viveu entre 2001 e 2005 naquele país, onde aprendeu inglês e ampliou sua visão de mundo. Ao retornar ao Brasil, tornou-se guia de turismo internacional, encantando visitantes de diversas nacionalidades com sua simpatia, conhecimento e amor pela natureza.
Uma vida dedicada à alegria e à natureza
Antes de se tornar o “Jaguarman”, Elias já carregava uma alma generosa e sensível. Na juventude, atuou como capelão em Campo Grande e costumava se vestir de palhaço para visitar crianças com câncer. Nessas visitas, repletas de risadas e esperança, ganhou um apelido carinhoso: “Dadá” — dado por uma menina que só aceitava tomar medicação quando ele estava presente.
Era assim: onde Elias passava, deixava consolo, alegria e fé.
Antes de seguir o chamado das águas pantaneiras, Elias também teve uma trajetória marcante na gastronomia. Trabalhou em restaurantes renomados, conquistou prêmios e se destacou pela criatividade e valorização dos sabores regionais. Mais tarde, uniu suas duas paixões — a natureza e a culinária — nas pousadas e fazendas onde atuava como guia e chef.
Elias escolheu viver em paz, cercado pelos sons do Pantanal e pelo carinho de quem o admirava. Era apaixonado pelos filhos, pelos animais, pelas crianças e pela vida simples. Acumulava depoimentos emocionados de turistas internacionais, que descreviam suas experiências ao seu lado como “transformadoras”, “seguras” e “encantadoras”.
Foi durante um de seus passeios que uma turista francesa, encantada com sua entrega e conhecimento, o apelidou de “Jaguarman” — o homem das onças. O nome se espalhou e virou sinônimo de autenticidade, aventura e amor pelo Pantanal.
“Quem ama a natureza não morre — se transforma nela.”
Elias deixa dois filhos, que seguem seu legado de coragem, e uma multidão de amigos e admiradores que jamais esquecerão o brilho sereno do seu olhar e a generosidade do seu coração.
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