O número é considerado muito alto para um município com pouco mais de 7 mil habitantes
Mulher não é de posse de ninguém. Denuncie!
Em apenas quatro dias, quatro mulheres foram agredidas por seus companheiros ou ex-maridos na cidade de Bodoquena. O índice é considerado alarmante já que o município possui pouco mais de sete mil habitantes.
Os números relatados são baseados nos boletins de ocorrências registrados pelas vítimas. Os dados apontam que diariamente pelo menos uma mulher é agredida pelos maridos ou ex-companheiros, isto sem contar às vítimas que também podem ter sido agredidas, mas não procuraram a delegacia.
Na última sexta-feira (15), uma mulher de 29 anos, foi xingada, humilhada e agredida com vários chutes desferidos pelo ex-marido, identificado como Janilson Silva Batista, de 34 anos. A vítima não quis reatar o relacionamento e então foi xingada de ‘bugra feia’ além de outras palavras de baixo calão que seriam impublicáveis.
Janilson chutou a ex-mulher e só parou a ‘sessão tortura’ quando a viatura da polícia chegou ao local, após ser acionada por moradores. Além de ficar machucada, ter sido humilhada, a vítima também teve um dente quebrado durante o espancamento.
Os depoimentos das vítimas relatados à polícia são de cortar o coração. No dia seguinte, mais precisamente no sábado (16), mais uma mulher foi espancada em Bodoquena. A vítima, de 32 anos, foi agredida com vários socos e chutes pelo marido, Alison de Almeida Gonçalves, de 27 anos.
A mulher relatou que o marido chegou em casa por volta das 4h da manhã e quando ela perguntou o local que ele estava, o suspeito passou a xingar e a espancar a esposa. Após a vítima cair no chão, ainda foi arrastada pelos cabelos por vários cantos da casa.
Ela precisou mandar um áudio para a irmã implorando por socorro. A polícia foi acionada e Alison foi preso em flagrante.
Ontem (18), uma mulher de 43 anos também procurou a delegacia de Bodoquena. Segundo o boletim de ocorrência, o ex da vítima, Milton Pires Arguelo, de 62 anos, constantemente tem feito ‘barracos’ na residência.
A mulher explica que está separada do suspeito e que mesmo assim ele a persegue e quando fica alcoolizado, vai até a casa da vítima onde fica fazendo escândalos, mesmo tarde da noite.
Também nesta segunda-feira, uma jovem de 18 anos precisou da polícia local. Gestante de seis meses, ela foi ameaçada de morte e mantida em cárcere privado pelo companheiro, Marcelo Martins Borges, de 20 anos. A vítima estava há três dias sem poder sair do quarto de uma residência e quando tentou sair, ele tentou matá-la com uma faca.
DENUNCIE, VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA!
A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência - Ligue 180 – é um serviço de utilidade pública gratuito e confidencial (preserva o anonimato), oferecido pela Secretaria Nacional de Políticas, desde 2005.
O Ligue 180 tem por objetivo receber denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços quando necessário.
A Central funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países (Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela). Desde março de 2014, o Ligue 180 atua como disque-denúncia, com capacidade de envio de denúncias para a Segurança Pública com cópia para o Ministério Público de cada estado. Para isso, conta com o apoio financeiro do Programa ‘Mulher, Viver sem Violência’.
Ele é a porta principal de acesso aos serviços que integram a Rede nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, sob amparo da Lei Maria da Penha, e base de dados privilegiada para a formulação das políticas do governo federal nessa área.
No Brasil, ligue para a Central de Atendimento à Mulher: telefone 180.
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