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Anastácio e Nioaque na rota dos dinossauros

A região do pantanal sul-mato-grossense, com a exuberante beleza de sua flora e fauna repletas de pequenos e bonitos animais, já teria sido há milhões de anos reduto de dinossauros. Pelo menos é o que apontam estudiosos no assunto, descobridores de pegadas de animais gigantes e sítios paleontológicos.


Na região do Monjolinho e Colônia Paulista, em Anastácio, o proprietário de uma chácara encontrou marcas de pisadas colossais num terreno rochoso às margens de um córrego, que podem ser de dinossauros. No mesmo local foram identificadas estranhas grafias e desenhos de aspectos primitivos. Ele mostrou ao poeta popular e artista plástico Juvenal dos Santos, que, imediatamente, entrou em contato com o departamento de cultura do município, com o jornal O Porta-voz e também com o professor Gilson Martins, arqueologista da UFMS.


Numa primeira incursão do professor Gilson ao local, ele fotografou e colheu material para estudo. Em breve, conforme disse a O Porta-voz, o professor deverá concluir a análise do fenômeno e dará um parecer técnico sobre o assunto.


É bem provável que tenhamos ali um sitio paleontológico de grande valor histórico, pois as marcas são muito evidentes.


Caso se confirme a descoberta, a prefeitura de Anastácio deverá iniciar processo de tombamento para preservação dos sítios, pois Anastácio está levantan-do todo o seu potencial turístico, histórico e cultural.


Pegadas em Nioaque


Marcas parecidas com as encontradas em Anastácio também foram localizadas, este mês, no vizinho município de Nioaque.


Os paleontólogos Rafael da Costa e Sandro Scheffler, doutorandos pelo Museu de Paleontologia do Rio de Janeiro em parceria com a Prefeitura Municipal de Nioaque, estiveram no município para a realização de um reconhecimento de possíveis vestígios fósseis de dinossauros. Eles percorreram o Rio Nioaque, observando as formações rochosas do local e as pegadas encontradas para saber quais animais habita-ram o lugar no passado.


De acordo com os pesquisadores, as hipóteses foram confirmadas além da descoberta de outros sítios arqueológicos. Ou seja, a partir dessas constatações ficou comprovado que o município pertenceu ao maior deserto que já existiu no planeta terra. "Em Nioaque é possível descobrir a existência de mais sítios de acordo com o tipo de formação rochosa" - afirma Scheffler.


Com essa pesquisa já iniciada em Nioaque e as pistas descobertas em Anastácio (já sob o lume do professor Gilson), em breve estaremos dando notícias alvissareiras sobre os locais exatos e o passado histórico da região. Pelo que tudo indica, Anastácio, Aquidauana e Nioaque foram mesmo habitados pelos temíveis e fascinantes animais pré-históricos, provavelmente antes da existência do lendário Mar de Xaraés, que teria coberto o deserto dos dinossauros e transformado-o em pantanal.

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