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Carvoeiros protestam contra rigor ambiental em MS

Donos de carvoarias de várias cidades de Mato Grosso do Sul protestam nesta manhã na Avenida Mato Grosso, na entrada do Parque dos Poderes, em Campo Grande, contra as dificuldades impostas para conseguir a autorização para funcionamento das carvoarias. Eles pararam as carretas na avenida e tentaram realizar uma carreata na Capital.


Oldemar Rodrigues, dono de uma carvoaria no Estado, afirmou que a lei prevê cerca de 40 dias para a homologação do processo de registro da carvoaria, entretanto, em alguns casos, eles precisam esperar mais de um ano para obter a autorização.


No Estado, são cerca de 700 carvoarias e somente 150 são registradas. As outras, segundo Oldemar Rodrigues, ainda tentam obter a autorização para funcionamento. Eles também protestam contra ações como a da PMA (Polícia Militar Ambiental) que fechou pelo menos 105 carvoarias neste ano em Mato Grosso do Sul.


Participam do protesto carvoeiros das cidades de Três Lagoas, Inocência, Paranaíba, Água Clara, Selviria, Coxim, Aparecida do Taboado, Nova Andradina e outras. Eles pretendem entregar um documento ao governador André Puccinelli (PMDB) e para a Semac (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Indústria, do Comércio e do Turismo) contendo as reivindicações da categoria.


Segundo Oldemar, a categoria dos carvoeiros é produtiva e gera muitos impostos para o Estado. "Não somos bandidos", afirmou. Ele explicou ainda que não sabe por quais motivos os produtores rurais donos de carvoarias estão com tantos processos na Justiça.


Eles reivindicam que o prazo de 40 dias para autorização de funcionamento das carvoarias seja cumprido e que seja implantada uma lei que regularize a atividade no Estado. As carvoarias, segundo Oldemar, acumulam cerca de 30 mil funcionários e geram 4 milhões de impostos ao Estado por mês.


Os donos das carvoarias reclamam ainda que a mídia está denegrindo a imagem dos produtores. Eles explicam que o carvão vegetal é produzido através de materiais perdidos, sem prejudicar o meio-ambiente.


Policiais militares da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises) acompanham o manifesto. Um representante do Governo também está no local para negociar com os produtores.

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