Uma eventual queda de 0,25% na taxa básica de juros selic nesta quarta-feira - conforme ditam as apostas do mercado - fará com que os juros básicos da economia tenham recuado 43% desde o início do ciclo de quedas em agosto de 2005. De lá para cá, a taxa terá sido reduzida de 19,75% para 11,25%. Mas apenas em termos macro-econômicos. Na ponta, para o consumidor, a queda terá sido de apenas 6,55%, de uma média anual de 141,12% para 131,97%.
Já a taxa de juros média para pessoa jurídica apresentou uma redução de 6,46 pontos percentuais (queda de 9,47%), de 68,23% ao ano em agosto de 2005 para 61,77% ao ano em setembro de 2007.
" Esta queda poderia e deveria ser maior e este é o momento do Banco Central ousar com alguma prudência, é claro, mas com muita criatividade
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Na avaliação do vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Miguel José Ribeiro de Oliveira, autor do cálculo, a variação entre a taxa Selic e os juros cobrados ao consumidor chega a ser superior a 1.000% nas pontas.
Apesar da aposta maciça de que o BC irá desacelerar o ritmo de cortes na Selic nesta quarta-feira (os últimos cortes foram de 0,50 ponto percentual), Oliveira acredita que o BC deveria aproveitar para ser mais ousado.
- Esta queda poderia e deveria ser maior e este é o momento do Banco Central ousar com alguma prudência, é claro, mas com muita criatividade - diz, defendendo um corte de 0,5 ponto percentual na taxa.
Para Miguel, não haveria risco de fortalecimento da inflação, uma vez que a renda do trabalhador ainda não permite o aumento dos gastos. Além disso, destaca, as taxas de juros reais e nominais ainda estão excessivamente altas.
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