Revelação térmica de motores adulterados e crash tests serão etapas práticas
Seminários Nacionais em Identificação Veiculare de Perícia de Crimes de Trânsito promovem, até sexta-feira (19), o compartilhamento de estudos e técnicas adotadas por peritos de quatro países em Bonito, município distante 300 quilômetros de Campo Grande (MS).
Especialistas apresentaram, na quarta-feira (17), primeiro dia dos eventos, técnica aprimorada em Mato Grosso do Sul que identifica adulterações em blocos de motores, além de analisarem crash tests realizados como prévia ao evento e que foram realizadas no mês de agosto, na Capital de Mato Grosso do Sul.
Ao menos 230 profissionais do Brasil, Argentina, Paraguai e Estados Unidos participam dos eventos, que ocorrem simultaneamente.
Para o perito criminal e chefe do NIVE (Núcleo de Identificação de Veículos) da Coordenadoria-Geral de Perícias de Mato Grosso do Sul, João Ricardo Barros, o ganho com os seminários está no fato de se difundir técnicas que permitem agregar maior eficiência na solução de crimes.
O Núcleo Regional de Perícia e Identificação (URPI) de Dourados, por exemplo, aprimorou em quatro anos a técnica de revelação térmica usada por seguradora na identificação de adulterações no bloco de motores. Esta, mediante calor intenso por maçarico e uso de contrastes, consegue revelar o número original da peça e assim evitar que veículos lotem os pátios por falta de identificação.
Sâmya Soler, perita criminal que palestrou sobre a química do processo, ressaltou que a maior demanda de veículos proveem das inspeções veiculares realizadas pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito). Ela e o perito criminal Everaldo Staudt, precursor no uso do método, vão apresentar sua aplicação durante etapa prática prevista para esta quinta-feira (18), a ser realizada no Aeroporto Municipal de Bonito.
Testes de colisão entre veículos e pedestres também são a aposta para o aprimoramento dos profissionais de perícia criminal presentes em Bonito. O doutor em engenharia e pesquisador de acidentes de trânsito, Wilson Toresan Júnior, e o diretor do CSI (Collision Safety Institute), Rusty Right, apresentaram respectivamente uma prévia de testes realizados no mês de agosto em Campo Grande e a evolução da análise de dados relacionados a acidentes com pedestres.
“Esse evento é histórico para nós. A diferença dos outros crash tests para esse é a qualidade da informação que vai ser muito melhor porque estamos qualificando os dados”, pontuou Toresan. “O conhecimento começa a se disseminar e precisamos avançar muito, saber que é preciso aplicar mais de uma metodologia, começar a trabalhar para adquirir equipamentos, softwares e não só veículos [para a perícia]”.
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