Trabalhadores em indústrias de alimentação recusaram 4,36% (INPC de janeiro) de reposição salarial oferecido pelos empresários para vigorar nas regiões de Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo, Terenos, Caarapó e Coxim, base territorial do Sindicato dos Trabalhadores em Frigoríficos e Matadouros de Mato Grosso do Sul, informou Rinaldo de Souza Salomão, presidente da entidade.
“Esse percentual não representa nenhuma avanço em ganho real para os trabalhadores”, comentou Rinaldo após a reunião hoje pela manhã com diretores do sindicato patronal da carne em MS. Ele informou também que os frigoríficos ofereceram piso salarial de R$ 510,00 (valor do salário mínimo nacional).
“Ora, chega a ofender uma proposta indecente dessas. Como podem oferecer um piso que já é garantido por lei aos trabalhadores?”, criticou, revoltado, o líder sindical.
Diante dos “números absurdos”, apresentados pela classe patronal, a diretoria do sindicato laboral ofereceu uma contraproposta aos empresários: piso de R$ 550,00 e aumento de 10% para quem ganha acima desse patamar.
“Esperamos contar com o bom senso dos empresários, já que os frigoríficos tiveram faturamentos astronômicos em 2009. Não custa repassar um pouco desses lucros aos trabalhadores”, afirmou Rinaldo.