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Superação

"Enxergando além", Lourival conta como o ISMAC o ajudou durante a vida

Mesmo sendo cego isso não impediu ele de fazer coisas normais

Lourival mexendo com o fruto da bocaiuva / Arquivo pessoal

Ser cego é só um detalhe para pessoas que enxergam de uma forma diferente e engana-se quem acha por conta dessa deficiência eles não podem fazer as mesmas coisas que pessoas que enxergam. 

Conforme dados do censo demográfico de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE), cerca de 18,6% da população do país possui algum tipo de deficiência visual.

Desse total, 6,5 milhões apresentam deficiência visual severa, sendo que 506 mil têm perda total da visão, ou seja, isso seria 0,3% da população e 6 milhões, grande dificuldade para enxergar (3,2%). 

O Jornal O Pantaneiro conversou com o Lourival da Silva Santos, que faz parte desse 3,2%. Ele é o representante do ISMAC Florivaldo Vargas em Aquidauana e região e contou um pouco de como funciona esse encaminhamento de pessoas da região para Campo Grande. 

Para quem não conhece, o ISMAC, tem como missão atuar na saúde, educação e assistência social, contribuindo para o processo de habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência visual, com serviços especializados e totalmente gratuitos. 

O local é literalmente uma escola para a pessoa que perdeu a visão ou nasceu sem ela “lá a gente aprende de tudo, desde a alfabetização, como atividades diárias e até colocação no mercado de trabalho”, conta Lourival. 

As pessoas que precisam dos serviços do Instituto, podem contar diretamente com o serviço municipal de saúde, indo até uma unidade de saúde e receberá todo o atendimento necessário. O representante local será acionado e encaminhará ela para a Capital, onde receberá todos os treinamentos necessários. 

Lourival perdeu a visão ainda menino, em uma cirurgia e quem acha que ele só por não enxergar não consegue fazer coisas como outras pessoas. 

Além de ser Massoterapeuta por profissão, ele ainda participa de um projeto aqui na cidade de Aquidauana, que faz da polpa da bocaiúva uma fonte de renda não só para aqueles que são deficientes visuais, mas para aqueles que enxergam também.

Em Aquidauana, o projeto Bocaiúva é coordenado por ele com apoio da equipe da Casa do Artesão e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, envolvendo mais aproximadamente 20 pessoas que trabalham na coleta dos frutos e outras 08 pessoas na produção dos alimentos com a bocaiúva. Com a participação na feira, o projeto de Aquidauana ganha repercussão nacional, uma vez que o evento tem divulgação ampla pela organização.

“Boto a mão na massa mesmo”, conta o representante do ISMAC que tira a polpa do fruto para fazer a farinha, que vai se tornar sorvete, bolo e até licor. 

Com sede na capital, o ISMAC, com 65 anos, atende muitas pessoas no estado, dando uma qualidade de vida melhor para aqueles de uma forma enxergam de um jeito diferente e para que esse projeto perpetue por muitos anos a escola tem convênios para a cedência de pessoal de apoio; emendas parlamentares nas esferas federal, estadual e municipal. 

Os projetos, campanhas e promoções para arrecadação de fundos sempre são realizados. Lourival conta que quiser ajudar de alguma maneira pode entrar em contato com ele pelo telefone (67) 9 9977-4483 ou da Instituição (67) 3325 0997. 

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