Um instrumento de gestão que deve auxiliar o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. Trata-se do Zoneamento Ecológico e Econômico, uma iniciativa do governo do Estado que deve apontar, ainda nesse ano, o mapeamento georeferenciado de todas as regiões, com cenários e dados ambientais, econômicos e produtivos e industriais. A Federação de Agricultura e Pecuária de MS (FAMASUL) discutiu o projeto ontem (23) e pretende apoiar através de análises, relatórios e trabalhos específicos do agronegócio.
"A agropecuária é a base econômica do nosso Estado, mas ainda falta organização. O zoneamento, construído de forma participativa entre os setores e os governos (do Estado e dos municípios) pode auxiliar na consolidação da economia. Vamos sensibilizar os produtores rurais para o entendimento desse processo e também para sua participação ativa. O mei ambiente não pode ser visto como algo que toma o espaço do produtor, mas como uma alternativa de renda, de produção", analisa Ademar, presidente da FAMASUL.
De acordo com Ademar, a instituição deve apoiar o projeto através da participação das comissões da FAMASUL, como a Comissão Técnica de Assuntos do Pantanal, de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e de Assuntos Indígenas e Fundiários, entre outras.
Segundo o coordenador do projeto, superintendente das Cidades, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Cidades, Planejamento e Ciências e Tecnologia, Sérgio Seiko Yonamine, o Zoneamento conta com orçamento de R$ 14.196.675 e segue o modelo do Estado do Acre, onde o projeto já virou lei. "Com o trabalho do Zoneamento, podemos criar leis e normativas para o desenvolvimento sustentável do Estado", declara.
Yonamine explica que nesses três meses, o projeto focará a construão de uma base cartográfica com dados sobre solo, morfologia, pedologia, clima, cobertura vegetal, uso vegetal e recursos hídricos, entre outros. O projeto também prevê a definição de indicadores ambientais, sócio-econômicos, e de responsabilidade social. Em outubro, inicia-se a fase de levantamento das ações, num debate público com governo e sociedade. E até 30 de junho de 2008 será concluída essa primeira etapa, de "construção dos cenários com os principais elementos detalhados", explica.
"Com o projeto, o gestor, seja governador, seja prefeito, poderá determinar o que é mais urgente. O zoneamento deve gerar leis e decretos sólidos, partindo de analises concretas e não mais apenas do debate ideológico", complementa Dácio Queiroz, diretor secretário da FAMASUL e assessor especial da Casa Civil, designado para a coordenação política da elaboração do Zoneamento.
No Brasil a iniciativa faz parte do Consórcio ZE Brsil que conta com a participação de instituições da iniciativa pública e privada, como IBGE, Embrapa e Petrobras.
Em Mato Grosso do Sul, além da FAMASUL e de sindicatos rurais do Estado, participam do projeto a Embrapa, Ibama, Incra, Ibge, Fiems e universidades e empresas privadas.
Na reunião desta segunda-feira participaram também o consultor da SECID, João Batista Lopes, e o vice-presidente da FAMASUL, Eduardo Riedel, e membros do Departamento Técnico entidade.
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