A Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) recebeu hoje (30) a visita de 38 oficiais superiores e 4 oficiais instrutores da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Estes militares vieram conhecer a situação atual e as perspectivas econômicas do setor produtivo do Estado. Na abertura, além dos oficiais citados, estavam presentes o diretor regional do Senai/MS, Jaime Verruck, também representando o presidente da Fiems, Sérgio Marcolino Longen, o diretor secretário da Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul), Dácio Queiroz, que também representava o presidente daquela entidade Ademar da Silva Jr., o secretário estadual de Habitação e deputado licenciado, Carlos Eduardo Marum, o Coronel Paulo Roberto Cardoso, da Comunicação Social do Exército e do Coronel Djalma Cabral, chefe da comitiva.
Abrindo o evento Jaime Verruck deu as boas vindas aos participantes em nome do presidente Sérgio Longen. Em seguida, falou o Cel. Paulo Roberto Cardoso, sobre a importância do evento para os formandos da Escola por proporcionar uma ampla visão da economia do Estado.
Na sequência, Dácio Queiroz, representante da Famasul, falou sobre o Agronegócio Brasileiro e do Estado. Segundo ele, Mato Grosso do Sul tem um grau de urbanização de 84% para uma população de 2.203.774 habitantes sendo que 370.000 continuam fixados no campo. "São 36 milhões de hectares, 24 milhões de cabeça de gado, 8,9 milhões propÃcios para a agricultura, sendo utilizados apenas 1,4 milhão. Este número dá medidas para a enorme possibilidade de crescimento da atividade". Disse ainda que a área agricultável tem se mantido constante, nos últimos anos, sendo que a produção cresceu cerca de 10% graças a utilização de novas tecnologias em maquinário, insumos e mão-de-obra qualificada. O agronegócio no Brasil, responde por 33% do PIB, 40% das exportações e 37% do número de empregos. O Estado desponta com um enorme potencial na produção de alimentos principalmente para os mercados chinês e indiano e de etanol para os mercados europeu e americano. Segundo Dácio, o Estado necessita investir na eficiência logÃstica, na desoneração tributária, no fortalecimento fito-sanitário.
A Famasul defende os interesses dos produtores rurais principalmente com relação à questão fundiária, sanitária e ambiental.
Em sua palestra sobre industrialização do Estado, Jaime Verruck, disse que esse processo é recente, apenas 30 anos, e foi criado para ser referência, o que não aconteceu na divisão. Mato Grosso do Sul responde por 1,3% do PIB nacional sendo a 10ª economia per capita do paÃs.
Na composição do PIB Estadual, o setor primário responde por 31%, o secundário por 21% e o terciário por 47%. "O processo de industrialização não tem como foco o mercado interno (estadual) sendo que as indústrias que estão se instalando no Estado, visam vender fora, seus produtos. Esse mesmo processo está, umbilicalmente, ligado à disponibilidade dos recursos naturais de cada região como grãos, carnes, minérios e madeira". Verruck ressaltou alguns números: são 2.800 indústrias instaladas principalmente nos setores tidos como tradicionais como abatedouros, cerâmico, mineração, alimentação, vestuário, têxtil, óleos e farelos, rações, máquinas e implementos agrÃcolas. Disse ainda que a tendência é para um aumento de grandes empresas, especialmente, as siderúrgicas, de papel e celulose, usinas de açúcar e álcool e frigorÃficos. Em seguida falou o Secretário Estadual de Habitação, Carlos Eduardo Marun, que detalhou os projetos de infra-estrutura e logÃstica que o Estado está implantando.