Fusão de Casas Bahia e Pão cria empresa de eletroeletrônicos

A fusão entre os grupos varejistas Pão de Açúcar e Casas Bahia será baseada no comércio de eletrônicos e bens duráveis. A integração dos dois grupos envolve Casas Bahia, Ponto Frio --recém adquirido pelo Pão de Açúcar--, e Extra Eletro.

A nova empresa terá 1.015 lojas e presença em 337 municípios, em 18 Estados brasileiros (RS, SC, PR, SP, RJ, MG, ES, GO, MS, MT, BA, RN, AL, SE, PE, PB, CE e PI) e Distrito Federal. O faturamento anual da nova empresa será de cerca de R$ 18,2 bilhões (base 2008). A companhia terá ainda 68 mil funcionários --sendo 60 mil das Casas Bahia e 43 centros de distribuição,

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No comércio eletrônico, a integração vai envolver os sites www.extra.com.br, www.pontofrio.com.br e www.casasbahia.com.br.

Com a associação, o Grupo Pão de Açúcar passará a contar com 1.582 lojas, incluindo super e hipermercados. O faturamento anualizado da rede --que tem suas ações listadas na Bovespa desde outubro de 1995 e na Bolsa de Nova York (ADR nível III) desde maio de 1997-- junto com Ponto Frio e Casas Bahia ficará em cerca de R$ 40 bilhões.

A sociedade "Nova Casa Bahia" inclui os "ativos e passivos operacionais" da "antiga" Casas, o que inclui "empregados, bens, direitos de "propriedade intelectual", bem como uma dívida líquida de R$ 950 milhões.

A transferência de bens e ativos, no entanto, não será total: a fábrica de móveis populares Bartira, e uma parcela da carteira de crédito da Casas Bahia (no montante aproximado de R$ 1 bilhão) não deve ser transferido.

Concluída a integração das operações do Pão de Açúcar e das Casas Bahia em torno da Globex, o controle da empresa resultante será partilhada entre as duas gigantes, mas com procedência para a primeira. O grupo da família Diniz será titular de 50% das ações ordinárias mais uma (o que garante o controle), enquanto a Casas Bahia terá 47,84% das ações ordinárias e 2,21% das ações preferenciais.

O acordo prevê que a Casas Bahia vá deter 49% do controle da "nova" Globex, o que será feito após uma oferta pública de ações pelo atual controlador, o Pão de Açúcar. As partes preveem que a associação seja implementada em 120 dias.

Avaliação

Michael Klein, diretor executivo da Casas Bahia, afirmou que acredita que essa união vá gerar benefícios aos consumidores. "Vamos fortalecer a empresa e transferir os benefícios dessa associação aos clientes que poderão contar com uma maior diversidade de produtos e serviços, excelência no atendimento, melhores condições de pagamento com ampla oferta de crédito, além de, futuramente, poder expandir nossa atuação em cidades e regiões onde ainda não atuamos", afirmou.

O acordo, segundo as redes, é anunciado em um momento de grandes mudanças e oportunidades no país. "O Brasil passa por um grande momento econômico, marcado pela expansão do crédito, aumento da oferta de empregos e da renda, onde se destaca o crescimento sustentável do consumo interno", avalia Abílio Diniz, presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar.

"Para a Casas Bahia e seus controladores, essa operação proporcionará a oportunidade de perpetuidade da empresa criada por Samuel Klein há 57 anos. A união com o Grupo Pão de Açúcar irá promover acesso a avançadas práticas de governança corporativa, o que dará ainda mais transparência à nova empresa", afirma comunicados das empresas.

As companhias afirmam ainda que "dentro dos padrões mais modernos de gestão, a família Klein terá um papel fundamental, contribuindo com seu conhecimento e experiência no mercado especializado".