Manifestação começou no sábado passado por causa da insatisfação de internos com várias situações no local
CG News
Após seis dias, a greve de fome feita por um grupo de presos na Penitenciária de Regime Fechado da Gameleira - também conhecida como 'Supermáxima' - foi encerrada e o local passa agora por uma vistoria do corregedor penitenciário, sob escolta de homens do BPChoque (Batalhão de Polícia Militar de Choque).
Ontem (18) à tarde, quatro advogados foram até a penitenciária para conversar e ouvir as reivindicações do grupo, recebendo um "dossiê", como explicou o advogado Paulo Macena ao Campo Grande News. O documento seria protocolado hoje na comissão de Direitos Humanos da seccional local da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
"Pedimos para que voltem a aceitar a alimentação, para o bem da saúde deles", comentou Macena. De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), a greve de fome já foi encerrada pelo grupo.
Já nesta sexta-feira (19), os presos também receberam a visita de três defensores públicos, que ouviram alguns deles e analisaram a situação do presídio, inaugurado em 2019 e conhecido pelo maior rigor e dificuldade na entrada de objetos.
Os defensores ficaram sabendo da suspeita de violação dos direitos humanos na Gameleira pela imprensa e resolveram analisar a situação nesta sexta-feira. Conforme o defensor Cahue Duarte será averiguado as denuncias de tortura, má qualidade da alimentação e falta de atendimento médico, por exemplo.
Segundo a Agepen, a visita de correição nesta tarde é um procedimento normal. A unidade conta atualmente com 550 internos, havendo ali internos faccionados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) que exercem liderança e que estimularam o início do protesto, com adesão de cerca de 150 deles.
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