Desde junho do ano passado militares do 9º Batalhão de Engenharia de Combate - Batalhão Carlos Camisão são enviados para a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH).
Sendo assim o batalhão acima descrito, localizado em Aquidauana, sob o comando do Coronel André Cezar Siqueira, foi sede da preparação da Companhia de Engenharia de Força de Paz com 150 militares de 42 Organizações Militares, incluindo o 9º BEC.
Os treinamentos que ocorreram no mesmo período do ano passado e deste ano (19/04 - 21/05) no interior do 9º BEC bem como por diferentes pontos de Aquidauana e Anastácio, capacitaram ainda mais os 150 militares para que realizassem com êxito o objetivo de reconstruir estradas, limpar a cidade, no caso a capital Porto Príncipe, dar suprimento d'água, bem como capturar os bandidos daquele país.
Em uma entrevista exclusiva, cedida ao Jornal "O PANTANEIRO" (SITE www.opantaneiro.com.br), os militares relataram o que viveram, viram, e trouxeram do Haiti.
Todos entrevistados relataram em ponto comum a pobreza, miséria e falta de estrutura do referido país.
Joaquim Fernandes Sanche da Silva (cabo Sanche - 15 anos de exército), casado, pai de duas filhas afirmou: "Eu voltaria ao Haiti, mesmo sentindo muita saudade da minha família, porque é uma experiência de vida única, e também foi uma missão tranqüila, uma vez que o 3º contingente no qual fui, ficou responsável basicamente pela reconstrução de estrada e suprimento d'água, entre outros. Eles possuem uma cultura muito diferente , não há Leis de Trânsito, jogam lixo em qualquer lugar, não são comunicativos, e além do mais são praticantes do voodoo, cultuam que uma pessoa quando morre deve permanecer no mesmo local por 48 horas, pois acreditam que a alma só se desprende da pessoa após esse período."
Max Sander de Oliveira Gonçalves, soldado a quase três anos do Exército, também foi em Missão para o Haiti, disse que lá tem muita pobreza, muito desemprego, muita gente passando fome e muita sujeira.
Max, componente do pelotão de Engenharia afirmou que trabalhavam direto, na parte de auxilio, com instalação de Energia, construção, arrumavam o ponto Forte para o pessoal de Infantaria de Combate, distribuíam água e também levavam os detidos para a PNH (Policia Nacional do Haiti), que não tem uma boa estrutura, tanto que às vezes o Exército chegava com uns 15 a 20 detentos e tinham que liberar, porque não tinham onde guardar.
"Eu voltaria ao Haiti pela experiência, às vezes a gente pensa que aqui é ruim, mas aí vemos uma pobreza enorme, crianças pedindo comida, a mesma água que utilizavam para banho, era usada para cozinhar, lavar roupa e até mesmo para saciar a sede, porque lá não tem água encanada. Aí quando a gente chegava para distribuir água, a população já vinha com balde, só de ver que as pessoas que estávamos ajudando estão felizes, recompensa toda a saudade dos familiares, a gente aprende a valorizar muita coisa.", esclareceu o soldado Max, que na hora da saudade falava com seus pais via internet e por telefone.
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