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Mato Grosso do Sul está uma hora atrasado em relação aos principais centros econômicos do Brasil. Para muitos, essa diferença no fuso horário gera transtornos. Já para outros é necessária devido à extensão territorial do país. No entanto, um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional prevê a sincronização do horário do Estado com a maioria das regiões do Brasil.


O senador Tião Vianna (PT), do Acre, Estado que tem duas horas a menos, é o autor da proposta que está em tramitação na Câmara dos Deputados. A proposta é para a alteração do fuso horário do Acre e de parte do Amazonas para uma hora a menos em relação a Brasília. "Se for aprovada, ela vai reagrupar os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, que são hoje Estados que pagam a conseqüência sócio-econômica e cultural pelo atraso das atividades em relação ao centro-sul", afirmou o senador.


"Eu acho uma mudança desnecessária, sinceramente. Primeiro que vai causar uma bagunça só. Se quando muda horário de verão já causa, imagina se mudar de vez para o horário de Brasília. E segundo porque o relógio biológico de muita gente vai estranhar demais, vai comprometer rendimento no trabalho, na escola, até todo mundo se acostumar", analisa a universitária Bianca Bianchi.


Para o gerente de uma loja em Campo Grande, Valdenir Vilela, a mudança não afetaria seu trabalho. "Eu acredito que não faria diferença. Uma hora a mais ou uma hora a menos, o fluxo de clientes é o mesmo".


O fuso é a diferença em relação ao horário inicial mundialmente convencionado. Conforme a localização, a população de uma determinada região estará em um fuso diferente. "Pela meteorologia seguir o horário padrão internacional, o GMT, não vai mudar nada, porque o momento da ocorrência será o mesmo, e a hora não irá influenciar. Mas para fins locais, como a terra gira no sentido de leste a oeste, o sol nasce primeiro em São Paulo e alguns minutos depois aqui. Na hora que o sol começa a subir, aqui começa depois, então sempre vai ter um acontecer com atraso, e no Acre mais tarde ainda", explica o metereologista Natálio Abraão Filho.


A própria Câmara pretende substituir o projeto do senador, propondo a unificação dos quatro diferentes fusos existentes hoje no Brasil. Independentemente do tipo de mudança aprovada, a alteração de horário vai apresentar um impacto. Altera a vida, o momento de dormir e a hora de acordar, além do costume e da cultura que acabam sofrendo mudanças. Por isso, a proposta do senador prevê a convocação de um plebiscito, para que a população aprove ou rejeite a unificação do fuso.


Para Natálio, a maioria das nações adapta os fusos por questões políticas e econômicas. "O certo é manter os horários, mas nesse caso a idéia é manter os fatores econômicos. Em termos meteorológicos não ajuda, o mais correto é manter esse horário", concluiu.

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