Crime era tratado como homicídio, mas diante da doença, tipificação mudou.
Polícia Civil investiga o caso. / Polícia Civil
A mulher de 21 anos suspeita de matar o filho asfixiado com cordão umbilical, em Dourados no dia 17 de outubro, está com depressão pós-parto, segundo informações da Polícia Civil, que, por conta disso, agora o trata o caso como infanticídio.
De acordo com o delegado Winston Ramão Albres Garcia, laudo médico aponta a doença na jovem, que está internada na ala psiquiátrica do Hospital Universitário da Grande Dourados e está com a prisão preventiva decretada desde 18 de outubro.
Ainda conforme o delegado, o médico que atende a jovem garantiu que ela tem depressão a algum tempo e já teria tentado suicídio tomando remédios.
Diante do quadro de doença, a polícia mudou a tipificação do crime em investigação: passou de homicídio doloso, com pena prevista de até 30 anos de prisão, para infanticídio, que dá condenação de 2 a 6 anos de prisão.
É que o infanticídio é atribuído a pessoas semi-imputável, que seria o caso da manicure que tem depressão. Laudo do Instituto Médico Legal comprova que a criança foi morta por asfixia mecânica pelo enforcamento do cordão umbilical.
Investigação
A polícia tenta identificar o pai do bebê morto. Na versão da jovem, ele teria pedido para ela abortar, mas ela se recusou e afirmou que levaria até o fim.
A jovem contou à polícia inicialmente que trabalhava normalmente, passou a sentir dores e quando estava sozinha no salão, foi ao banheiro. Ao ver que a criança nascia, a puxou pela cabeça e viu o cordão umbilical enrolado ao pescoço e o apertou ainda mais.
Ela falou ainda à polícia que não cortou o cordão umbilical com medo de ser expulsa de casa se a mãe dela descobrisse que estava grávida. "Medo, rejeição, medo de ser mandada embora da casa onde mora com a mãe".
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