X
Região

Parceria incentiva projeto de geração de renda com cerâmicas Kadiwéu

Pesquisadores do ‘Projeto de Pesquisa sobre Cerâmica e o Fomento da Comunidade e Cultura Kadiwéu em Mato Grosso do Sul’, desenvolvido na aldeia Alves de Barros, em Porto Murtinho, se reuniram na última semana com o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, para entregar um balanço das ações já realizadas e definir as atividades do próximo ano. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Governo Estadual, por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Universidade de Manitoba (do Canadá) e contempla uma série de ações de promoção da cultura da etnia e geração de renda para as artistas.

“Essa iniciativa é muito importante para nosso estado pois, além de difundir parte da nossa cultura material e imaterial, também ajuda no sustento da comunidade ao capacitar essas artistas (sob os aspectos econômico, jurídico e técnico) e oferecer uma estrutura para produção e venda dos seus produtos”, explica o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel. E para auxiliar na comercialização será criado, no próximo ano, um site da Associação das Mulheres Artistas Kadiwéu (Amak) com loja on-line. Também está prevista para 2020 a revitalização do ‘Espaço Cultural da aldeia Alves de Barros’ e a construção de um local apropriado para abrigar um museu e loja dos produtos das oleiras e outros artesãos, criando um novo complexo.

Nem mesmo a pandemia atrapalhou o cronograma das atividades, que precisaram ser readequadas, como explica o coordenador do projeto, Antônio Hilário Urquiza da UFMS: “Tivemos que parar, depois retomar, com todo os protocolos de segurança, as visitas à aldeia. E chegamos à fase final, de prestação de contas, com grande satisfação ao ver a alegria da comunidade não só pela revitalização do centro cultural, mas também pelo empoderamento dessas mulheres e pela possibilidade de comercializar diretamente sua produção artística”.

O próximo passo do projeto prevê a inserção de novas etnias ceramistas, além do fomento ao turismo, conforme detalha a pesquisadora da equipe e Doutoranda em Antropologia pela Universidade de Manitoba, Viviane Luiza da Silva: “Pretendemos agregar os quiniquinau e os terena no projeto de geração de renda e iniciar um trabalho de etnoturismo na aldeia Alves de Barros, com capacitação para recepção dos turistas atendendo a uma vontade dos próprios moradores da aldeia”, antecipa.

Sobre a Parceria

Em 2015, a Universidade de Manitoba, UFMS e Governo do Estado (via Fundect) assinaram um Acordo de Cooperação Mútua para fomentar o intercâmbio cultural entre os países por meio de docentes, discentes e da cultura indígena. Essa parceria resultou na criação da Associação das Mulheres Artistas Kadiwéu (Amak) e em um outro projeto – que será executado em 2021, contemplando uma rádio indígena da aldeia Moreira de Miranda.

Deste intercâmbio entre as instituições resultou o projeto de pesquisa aplicada “Cerâmica, Comunidade e Cultura Kadiwéu”, iniciado em 2018 cuja conclusão está prevista para o fim deste ano. Também faz parte da mesma pesquisa a criação de um banco de dados digital, sobre o patrimônio cerâmico kadiwéu, com mais de 900 peças coletadas desde 1791 e identificadas em museus nas Américas e na Europa com uma possível exposição internacional.

Deixe a sua opinião

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Polícia

Idosa perde R$ 13,6 mil após cair em golpe por WhatsApp em Campo Grande

A Polícia Civil alerta para que a população desconfie de contatos que pedem dados pessoais ou bancários

Economia

Receita recebe quase 14 milhões de declarações do IR em um mês

Prazo para entrega termina às 23h59min59s de 30 de maio

Voltar ao topo

Logo O Pantaneiro Rodapé

Rua XV de Agosto, 339 - Bairro Alto - Aquidauana/MS

©2025 O Pantaneiro. Todos os Direitos Reservados.

Layout

Software

2
Entre em nosso grupo