Apesar de condições climáticas mais críticas, bombeiros afirmam que número de focos é o menor em três anos
Aeronaves têm auxiliado no combate às chamas durante Operação Hefesto / CBMMS
Já duram 82 dias as ações de combate a incêndios florestais no Pantanal, que ocorrem no contexto da Operação Hefesto. E nesta terça-feira (21), foi necessária grande mobilização para controlar focos localizados especialmente nas vegetações corumbaenses. Foram empregados 510 homens e 88 viaturas, além de seis aeronaves (Air Tractors e helicópteros), com apoio da Marinha, Exército, Imasul, Defesa Civil, policias Civil e Ambiental e prefeituras.
A operação é coordenada a partir de Corumbá, município pantaneiro que tradicionalmente sofre com o maior número de focos de calor todos os anos. Além do cenário crítico, com seca mais intensa do que em anos anteriores em razão da crise hídrica, Corumbá concentra a maioria dos incêndios também por conta de sua extensão territorial de 64 mil km² – o 11º maior município do Brasil. A principal base operacional de prevenção e combate aos focos foi instalada nesta cidade.
“Estamos combatendo os incêndios florestais com muito recurso operacional, contudo a situação é crítica por vários fatores: seca prolongada e intensa, crise hídrica severa e uma geada no meio do ano, que secou ainda mais a vegetação. Mesmo nestas condições extremas, estamos controlando os incêndios, os quais são em número menor do que nos dois últimos anos”, informou o coronel Hugo Djan Leite, comandante-geral do Corpo de Bombeiros.
Combate aéreo terá 900h/voo – Relatório divulgado nesta terça-feira pela corporação aponta que o número de focos de calor de janeiro a setembro de 2021 (3.150) é menor do que o registrado nos mesmos períodos de 2019 (-30,89%) e 2020 (-42,64%), apesar das condições climáticas terem se agravado. Em relação à área queimada, a extensão destruída até o momento (778 mil hectares) também é inferior à de 2019 (801 mil hectares) e de 2020 (956 mil hectares) – 0,60% e 16,69%, respectivamente.
O comandante do CBMS ressaltou que outra situação adversa é a das fortes rajadas de vento, que favorecem a propagação dos focos de calor. Contudo, explicou que o Governo do Estado investiu na estruturação da corporação, contratou 500 horas/voo para operacionalizar o combate aéreo e posicionou todo o efetivo dos bombeiros e equipamentos na linha de frente. “A Defesa Civil acaba de viabilizar a contratação de mais 900 horas/voo”, adiantou.
A propagação do fogo se intensificou nos últimos dias, em várias regiões do Pantanal. Na região do Jatobazinho, norte de Corumbá, o combate está sendo realizado por uma equipe de 19 bombeiros. O maior efetivo encontra-se na sub-região do Nabileque (sul de Corumbá), com 35 militares atuando intensamente para controlar os focos nas fazendas Santa Luzia e Pensamento. Trinta bombeiros combatem incêndio na Fazenda Santa Eulina, no Paiaguás.
(Com informações da assessoria do CBMMS)
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