O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que o novo Sisbov (Sistema de Rastreabilidade de Bovinos) estará em pleno funcionamento até o fim do ano e a estimativa é que o número de animais cadastrados chegue a 50 milhões de cabeças de gado. As informações são do jornal Estado de São Paulo.
Stephanes afirmou que apenas os animais e fazendas que constarem do cadastro poderão exportar seu produto para a União Européia. O prazo para que os pecuaristas adotem o novo sistema vai até 31 de dezembro.
A partir daí, os pecuaristas que quiserem exportar carne bovina terão que atender à instrução normativa nº 17, que determina a rastreabilidade, com identificação de todos os animais da propriedade e informações sobre o manejo do rebanho. Com a mudança para o novo Sisbov, uma propriedade só poderá ter animais de áreas livres de febre aftosa.
O rastreamento dos animais foi um dos pontos questionado pelos irlandeses no relatório apresentado ao Parlamento Europeu. O governo estuda transferir a gestão dos bancos de dados deste sistema para a iniciativa privada, mas o assunto é polêmico porque é alvo de disputa entre as entidades representativas do setor.
Stephanes observou que já recebeu propostas da ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu) e da própria cna (Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil). "Recebi uma ligação do próprio Fábio Meirelles (presidente da entidade) para tratar deste assunto", disse Stephanes.
O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Marcio Portocarrero, disse que o governo deverá receber as propostas de migração do sistema de gestão do banco de dados entre 30 e 40 dias. A partir daí, terá início o processo de transferência das informações. Portocarrero garantiu que a migração não será imediata para não oferecer risco às exportações brasileiras de carne. Ele explica que a transição do banco de dados para o setor privado deve durar dois anos. No primeiro ano, os dois sistemas - privado e público - irão operar paralelamente, mas depois será totalmente transferido para o setor privado.
"Quando há interesse do setor privado, o sistema funciona. Já é assim no Canadá e na Nova Zelândia. A máquina pública oferece entraves que o setor privado não enfrenta", afirma Portocarrero, lembrando que o serviço público é mais lento para adotar medidas emergenciais, que podem ser rapidamente solucionadas.
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