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Suinocultores de MS lucram com créditos de carbono

Suinocultores de São Gabriel do Oeste, município com a maior produção de suínos de Mato Grosso do Sul, começam a receber, nesta semana, o pagamento referente aos créditos de carbono gerados em 2006 através da instalação de biodigestores nas granjas. Cada crédito, que é comprado no mercado internacional por países que querem compensar a emissão de gases nocivos ao meio ambiente, equivale a cerca de 70 metros cúbicos de gás metano que deixam de ser lançados na atmosfera


São Gabriel do Oeste é responsável por 30% da produção de suínos do Estado. A atividade já foi motivo de preocupação no município por causa da emissão de gases de efeito estufa durante a decomposição dos dejetos. Agora, está se transformando em sinônimo de sustentabilidade. O divisor de águas foi a instalação dos mecanismos de desenvolvimento limpo, que hoje estão presentes nas principais granjas da cidade. Conhecidos como células biodigestoras, eles são como balões, e armazenam os dejetos que se decompõe e depois podem ser usados como fertilizantes em lavouras e pastagens.


O produtor José Pinesso está aproveitando os benefícios gerados pelo mecanismo de desenvolvimento limpo. Ele usa o biofertilizante para irrigar a área de pastagem e acredita que fez "uma aposta certa".


Parte do gás produzido durante o processo de decomposição da matéria orgânica pode ser usada na geração de energia na propriedade. O restante é queimado, evitando a emissão direta de metano, presente em 60% do biogás, no meio ambiente.


É a partir desta queima que são gerados os créditos de carbono. O volume do gás queimado é contabilizado em um relógio. Cada 120 metros cúbicos de biogás que deixam de ser lançados na atmosfera equivalem a 1 crédito, que é comercializado no mercado internacional por aproximadamente US$ 13. Nesta semana, os produtores do município que possuem este mecanismo nas granjas, começam a receber o recurso.


De acordo com a cooperativa agropecuária de São Gabriel do Oeste, foram gerados no ano passado 28,7 mil créditos de carbono em 11 propriedades da região. Noventa por cento do valor dos créditos ficam com uma empresa canadense, que é responsável pela instalação e manutenção dos biodigestores durante 10 anos. O restante, cerca de R$ 106 mil, será repassado para os produtores.


O médico veterinário da Cooperativa Agropecuária de São Gabriel do Oeste (Cooasgo) João Antônio Rodrigues de Almeida diz que o recurso é uma renda extra para o produtor, diante de tantos benefícios trazidos pelos biodigestores.

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