Um mês depois de entrar o vigor, o Supersimples já possibilita aos contadores e especialistas constatar que houve aumento real da carga tributária para micro-empresas dos setores do comércio e indústria. Prestadores de serviço como chaveiros, lavanderias, estacionamentos e as chamadas empresas de uma pessoa só estão entre os mais afetados.
O aumento da tributação vem estimulando muitos empresários a buscar brechas na nova lei. Boa parte, por exemplo, virou técnico em informática da noite para o dia, uma vez que a atividade é beneficiada com uma tributação menor.
A gerente administrativa Elena Senda, da Candinho Assessoria Contábil, alerta que essa alternativa pode acarretar mais dívidas às empresas do que se enquadrar corretamente ao Supersimples ou migrar para o Lucro Presumido ou Lucro Real, outros sistemas disponíveis no país. "Nosso comitê gestor vem orientando os clientes a não optar pelo ´jeitinho`, já que a cobrança de toda a diferença da tributação não paga será retroativa a 1º de julho, fora a multa ainda não estipulada".
Outro "jeitinh" tem sido o enquadramento da empresa como comércio, alternativa que possibilita que a base de cálculo da tributação diminua. "O ideal é que todo contador ou especialista faça um estudo da atividade da empresa e oriente cada uma a migrar para a melhor opção", diz a gerente, que chama atenção para os riscos que o empresário está sujeito devido à integração dos órgãos fiscalizadores. "O empresário que optar por uma dessas brechas pode ter um enorme gasto no futuro", alerta Senda.
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