Advogados são investigados por coagir vítima de violência doméstica a mudar sua versão sobre acusações feitas contra um ex-namorado, que está foragido da Justiça. De acordo com informações divulgadas pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Rio Brilhante, foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão contra grupo de advogados são investigados por coagir a vítima, na Operação Excesso de Defesa.
De acordo com as investigações, a vítima que teria sido mantida em cárcere privado, bem como sofrido lesões corporais e estupro, por seu ex-namorado que ainda se encontra foragido, foi ameaçada novamente e coagida a alterar a versão que apresentou, no momento em que comunicou os fatos. A Polícia Civil apurou que por medo, a vítima teria assinado sem ler uma procuração a um advogado e uma petição dizendo que teria sido pressionada pelos policiais e seus familiares a mentir.
A equipe de investigação, percebendo tal situação, conseguiu oferecer o suporte a vítima e seus familiares para que a vítima se sentisse novamente acolhida e comunicasse as novas ameaças sofridas.
Com as informações colhidas a Polícia pediu à Justiça medidas de busca e apreensão em desfavor dos advogados, que tinham como objetivo angariar mais elementos que corroborassem a coação no curso da investigação e o conluio entre os advogados. Além disso, como forma de proteger a vítima e demais testemunhas, também foi representada pela imposição de medidas cautelares diversas da prisão, dentre as quais, proibição de contato e aproximação, bem como a suspensão dos advogados, para que sejam impedidos de atuar no caso.
No total, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e profissionais dos advogados. A operação contou com o apoio da Delegacia de Polícia de Nova Alvorada do Sul e SIG/Dourados, bem como teve a participação de membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), tal como preconiza a Lei 8.906/94.