O paulista está doando menos órgãos para transplantes. Caiu de 9,3 para 8,3 o número de doações por milhão de habitantes em São Paulo este ano, na comparação com o mesmo período de 2006, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). A má notícia é ainda mais significativa porque 40% dos pacientes da lista de espera por doação no País estão no Estado - um total de 15,8 mil pessoas.
"A queda é preocupante. O Brasil tem 70 mil pessoas esperando por um transplante e, em vez de melhorar, o sistema piora", disse a presidente da entidade e nefrologista do Hospital das Clínicas, Maria Cristina Castro. Segundo ela, por conta dos melhores recursos oferecidos pela rede de saúde paulista cerca de 20% das pessoas que aguardam por um órgão em São Paulo são de outro estado brasileiro.
No entanto, a própria falta de estrutura é um dos fatores apontados por Maria Cristina para a diminuição de doações. "Dentro dos hospitais, a situação de saúde não é fácil. Faltam leitos nas UTIs. O paciente precisa ter bons cuidados para que seus órgãos possam ser aproveitados em um transplante."
Outro fator é a aceitação da família para a doação. Muitos parentes ficam com receio de doar o órgão do familiar sem saber se ele concordaria com a ação. "Por isso, é importante o diálogo sobre o assunto em casa", afirmou. A não aceitação da família é um dos principais motivos que impedem a doação: 30% no Estado e 35% no País.
A queda no número de doações é nacional e acontece pelo terceiro ano consecutivo. Em 2004, a taxa foi de 7,3 doadores por milhão. Em 2006, caiu para 6. No primeiro semestre deste ano, foi 5,4. As informações são do Jornal da Tarde
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