As clínicas de estética decidiram entrar na Justiça contra a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir o uso, a importação e o aluguel de câmaras de bronzeamento artificial. A medida já está em vigor e as multas são pesadas.
Segundo a Anvisa, a resolução já está em vigor e não haverá tempo para adaptação. Quem descumprir a medida poderá ser punido com multa que varia de R$2 mil a R$1,5 milhão.
Há cinco anos, o fisiculturista Samuel Vieira faz bronzeamento. Hoje, quando chegou a clinica, o atleta soube que não poderia usar a câmara de ultravioleta. "Como eu trabalho muito não tenho horário para ir á praia ou mesmo na chácara tomar sol", diz ele.
Nesta clínica, as máquinas são usadas para o tratamento de doenças de pele e do sistema imunológico, mas 65% do movimento é de pessoas que querem bronzear a pele sem depender do sol. Com a proibição da Anvisa, as câmaras ficaram vazias.
A medida se baseou em pesquisas que apontam riscos de melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele. A Sociedade Brasileira de Dermatologia aprova a decisão. "O risco de melanoma é muito maior do que o benefício do bronzeado causado por essas câmaras", diz o diretor regional da sociedade, Sérgio Schalka.
Já a Associação Brasileira de Bronzeamento diz que a decisão não tem base científica e que o cumprimento de normas existentes é suficiente para impedir a má utilização dos equipamentos. "Estamos entrando na Justiça para reverter esse quadro. Não há essa proibição em nenhum país do planeta", diz Miguel Vietri, diretor médico da associação.
A Anvisa informou que não vai rever a medida, mas as câmaras podem ser usadas para o tratamento de doenças como o vitiligo e psoríase, sempre com recomendação médica.
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