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Às vezes somos obrigados a enfrentar a realidade e perceber que as coisas não podem continuar como estão. É o momento de tomar as rédeas da própria vida, mudando hábitos e comportamentos enraizados. Para conseguir realizar as mudanças necessárias, a ajuda terapêutica poderá ser muito importante.


Quem sofre de compulsão alimentar muitas vezes não consegue revelar suas fraquezas e não quer demonstrar que precisa de ajuda. Só aceita a necessidade de mudança e tratamento adequado quando chega ao fundo do poço. O compulsivo precisa aprender a respeitar os próprios limites, mesmo que para isso seja necessário deixar de corresponder às expectativas alheias.


Aprender a dizer não pode exigir algum tempo, até que a pessoa consiga se impor limites. Aos poucos, o compulsivo aprende a conquistar seu espaço e dar respostas adequadas diante de situações difíceis. O tratamento terapêutico pode ser bastante útil para entender os próprios sentimentos e rever a relação emocional estabelecida com os alimentos.


O compulsivo come às escondidas, rapidamente, sem sentir o sabor dos alimentos e sem perceber quando está satisfeito. Não se pergunta por que precisa comer tanto. Acredita que poderá compensar os excessos com uma dieta saudável no futuro. É uma forma incoerente de lidar com suas necessidades. De modo geral, não se sente capaz de adotar novos comportamentos que demandam tempo para serem incorporados.


O caminho a ser percorrido para atingir as metas é muito importante. É ele que produz o verdadeiro processo de desenvolvimento. Entretanto, esse caminho é considerado pelo compulsivo como um obstáculo indesejável, pois ele está interessado na obtenção de satisfação imediata.


Para a pessoa se conhecer melhor e dominar a compulsão alimentar, as mudanças devem ocorrer aos poucos. Embora muitas vezes o indivíduo deseje encontrar uma saída para este problema sozinho, a compulsão raramente é controlada sem um tratamento específico. O ideal é que se procure auxílio psicológico, visto que hoje existem profissionais especializados no tratamento destes distúrbios.


O trabalho psicoterapêutico ajuda o indivíduo a reconhecer os fatores desencadeantes da compulsão, sejam eles conscientes ou inconscientes e lhe oferece a possibilidade de se reorganizar e de conquistar uma vida mais saudável. Reconhecer os prejuízos causados pela compulsão e procurar ajuda é o primeiro passo para o alcance de uma vida mais saudável.

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