Espanha 2 x 1 Uruguai
A personificação desta Espanha do novo milênio foi exposta neste domingo no gramado da Arena Pernambuco. A vitória de 2 a 1 sobre o Uruguai mostrou a Fúria em seu estado bruto, com todas suas qualidades: enorme capacidade de envolvimento ofensivo, agilidade na troca de passes, recomposição instantânea sem a bola, defesa sólida. Azar do adversário. A Celeste não desistiu de correr atrás dos europeus por um simples motivo: porque jamais desiste. Foi consolada com um golaço de Suárez - mais mérito dele do que reação coletiva.
Os dois gols da Espanha saíram no primeiro tempo, primeiro com Pedro, depois com Soldado. Vicente del Bosque preferiu resgatar Casillas como goleiro. Ele teve uma tarde de pouco trabalho. Foi vazado no final do segundo tempo, em linda cobrança de falta de Suárez.
O jogo serviu para referendar aquilo que não é novidade para ninguém: a Espanha, campeã mundial e bicampeã europeia, chega muito forte na Copa das Confederações; e o Uruguai vai lutar, lutar e lutar. A Roja volta a campo contra seu extremo oposto, a seleção quase amadora do Taiti. Será quinta-feira, no Maracanã. A Celeste, no mesmo dia, duela com a Nigéria em Salvador.
México 1 x 2 Itália
Eles não são ídolos por acaso. Por onde passam pelo Rio de Janeiro, ouvem os gritos de ?Pirlo? e ?Balotelli? como se fossem gênios do futebol pentacampeão mundial. Neste domingo, os dois mostraram os motivos por serem tão amados por italianos e agora serem admirados pelos brasileiros também. Foram decisivos e fizeram os gols da vitória da Azzurra por 2 a 1 sobre o México, no encerramento da primeira rodada do Grupo A da Copa das Confederações.
A Itália foi melhor durante todo o jogo. Balotelli começou como um trator, ganhando divididas, driblando e assustando em chutes de longe que Corona pegou. Pirlo apareceu bem menos, mas teve a eficiência dos gênios. Inspirado em Juninho Pernambucano, como revelou na entrevista de sábado, fez um golaço em cobrança de falta. Enquanto ouvia os torcedores gritarem o nome dele, acertou um chute preciso no ângulo direito.
Chicharito até empatou após pênalti de Barzagli em Giovani dos Santos, mas o dia era italiano. O Balotelli "bonzinho" do início sumiu. Depois de se irritar com divididas e ser chamado de ?v...? por atirar uma chuteira para longe, voltou a ser idolatrado ao usar sua maior característica: a força. Deixou três marcadores para trás e garantiu a primeira vitória da Azzurra.
A Itália chega aos três pontos, como os brasileiros, mas fica em segundo lugar no Grupo A por causa do saldo de gols (um contra três). Agora, enfrenta o Japão, quarta-feira, às 19h, na Arena Pernambuco. O México está zerado, assim como o Japão e pega a Seleção no mesmo dia, às 16h, no Castelão, em Fortaleza.