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Esperança de vida no Brasil aumentou 3,5 anos em uma década

A esperança média de vida ao nascer no Brasil aumentou de 71,8 anos de idade, em 2005, para 72,4 anos no ano passado, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Isso significa que, em relação a 1996, o brasileiro passou a viver, em média, 3,5 anos a mais.


A análise também mostra que as mulheres estão bem à frente dos homens em relação à longevidade. Entre 1996 e 2006, a esperança de vida das mulheres aumentou de 72,3 para 76,2 anos, enquanto a dos homens subiu de 65,1 para 68,7 anos. A região Sul foi a que apresentou o índice mais alto (74,4 anos), seguida das regiões Sudeste (73,8), Centro-Oeste (73,5), Norte (71,3) e Nordeste (69,4).


A taxa de mortalidade do brasileiro caiu, segundo o IBGE. O índice, que representa a freqüência de óbitos por 1000 pessoas, caiu de 6,7, em 1996, para 6,2 em 2006. A proporção de mortes entre as crianças acompanhou o declínio, passando de 36,9 para 25,1 por mil em uma década.


Mas os números ainda variam muito no país: no Rio Grande do Sul, o percentual foi de 13,9 por mil (a menor taxa), enquanto Alagoas tem a maior taxa de mortalidade infantil: 51,9 por mil.


A redução da mortalidade, somada ao aumento da esperança de vida e à queda na taxa de fecundidade, que em 2006 foi de 2 filhos, confirma a tendência de envelhecimento da população brasileira.


Fecundidade
No Brasil, a maior taxa de fecundidade foi encontrada em Roraima (3,3) e a menor, no Rio Grande do Sul (1,6 por mulher).


De acordo com o IBGE, diversos países, especialmente os europeus, já atingiram valores bem abaixo do chamado nível de reposição natural da população (2 filhos) como, por exemplo, Cuba, cuja taxa, em 2005, era de 1,6 filho, contrastando com a Bolívia, com 3,7 filhos por mulher. A Argentina se encontra nos mesmos patamares que o Brasil (2,0).


A única taxa de fecundidade que aumentou no país, em 2006 frente a 2005, foi entre as mulheres de 15 a 17 anos, ou seja, mães adolescentes.


Houve um ligeiro aumento da proporção das adolescentes nesta faixa etária com filhos: de 6,9% em 1996, para 7,6%, em 2006. No Nordeste, houve a maior variação desta proporção: 1,2 ponto percentual (p.p.).


Por outro lado, caíram em 3,1 p.p. os níveis de maternidade das jovens de 18 a 24 anos de idade, passando de 38% para 34,9%. Na região Sul houve a maior queda (7,5 p.p.), e a região Norte foi a única com aumento na proporção de mulheres com filhos para este grupo etário (2,8 p.p.) e o maior percentual comparado com as demais regiões (49,3%).


Também na fase adulta (entre 25 a 49 anos de idade) a proporção de mulheres com filhos reduziu-se, principalmente no Sul e Sudeste (2,9 p.p. e 2,8 p.p., respectivamente). Além disso, chama atenção a redução da proporção de mulheres com três filhos ou mais em 14,6 p.p., passando de 63,2% para 48,6%.


América Latina e Caribe
O relatório divulgado pelo IBGE também inclui uma análise de dados da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) relativos a 2005. Os resultados mostram que a proporção de indivíduos com 60 anos no Brasil é a 5ª maior dentre os países do grupo, com percentual de 8,7. O Uruguai é o país com o maior percentual de idosos (17,3), seguido de Cuba (15,4), Argentina (13,8) e Chile (11,5).

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