Estima-se que a cada dez segundos uma pessoa morra de complicações decorrentes do diabetes e duas desenvolvam a doença. O pior é que não há previsão de cura para esse mal, pelo menos por enquanto. Se as notícias não são boas, resta o consolo de que, com o controle adequado da doença, o diabético pode viver bem e por muito tempo.
Considera-se normal o indivíduo com glicemia (nível de glicose no sangue) menor ou igual a 100 miligramas (mg) de açúcar por decilitro (dl) de sangue, a qualquer hora do dia. A doença é identificada exatamente quando
um exame de sangue revela que os níveis de glicemia estão alterados. Os índices são medidos em dois dias diferentes, na pessoa em jejum por, no mínimo, oito horas. Se a glicemia está acima de 126 miligramas/decilitro, o diagnóstico é confirmado.
"O bom desempenho físico, para diabéticos ou não, está associado a uma boa alimentação e à prática regular de exercícios, para manter um estilo de vida ativo"
A doença tem dois tipos. O diabetes tipo 1, também conhecido como diabetes insulino-dependente, é normalmente diagnosticado em crianças ou pacientes jovens, cujo pâncreas produz pouca ou nenhuma quantidade de insulina. No diabetes tipo 1 existe a dependência absoluta de insulina para o controle da glicose, pois existe uma destruição das células do pâncreas.
O diabetes do tipo 2, responde por 90% dos casos da doença e acomete os pacientes adultos, porém vem aumentando entre os jovens. No diabetes tipo 2, a deficiência de insulina é apenas relativa. O paciente produz a substância de forma insuficiente ou a produz normalmente, mas o organismo tem dificuldades para responder a ela. Essa condição é conhecida como resistência à insulina, e costuma estar associada à obesidade e hereditariedade. Como o organismo diabético tem dificuldades em responder à insulina, o aproveitamento dos nutrientes sólidos obtidos dos alimentos fica prejudicado.
Basicamente, o tratamento do diabetes consiste em evitar a elevação da glicemia no sangue. A insulina é uma substância que ajuda o organismo a usar a glicose para a produção de energia. A insulina é produzida pelo pâncreas para controlar os níveis de açúcar no sangue. Além de tratamento medicamentoso, é preciso que o diabético adquira novos hábitos alimentares, adotando uma alimentação balanceada e saudável.
Os pacientes com sobrepeso precisam reduzir o peso, pois esse é um fator importante para prevenir o aparecimento da doença. Muitas vezes apenas esse fator é suficiente para controlar o nível de glicemia. Exercícios físicos praticados de forma moderada e com regularidade contribuem para o bom funcionamento dos órgãos e combatem o sedentarismo, muito prejudicial aos diabéticos e às pessoas em geral.
O diabético precisa ser acompanhado por um médico endocrinologista e deve se submeter a exames de sangue periodicamente, como forma de controlar seu nível glicêmico. Com base nos resultados, o médico fará a prescrição individualizada de medicamentos e de alimentação, pois o organismo de cada pessoa responde de forma diferente aos diversos grupos de alimentos. Por isso, é necessário o acompanhamento de um nutricionista. De modo geral, os diabéticos são orientados a fracionar a alimentação em seis refeições durante o dia, mas é preciso fazer ajustes caso a caso, de acordo com a maior ou menor propensão ao aumento da glicemia.
O açúcar refinado é o grande vilão para os diabéticos, pois se converte rapidamente em glicose e não oferece nenhum nutriente além de calorias. Entretanto, isso não significa que todos os carboidratos devem ser eliminados da alimentação, pois eles são fonte indispensável de energia. É preciso dar importância à quantidade e à qualidade daquilo que se come.
O diabetes tipo 2 é uma doença possível de ser prevenida. É importante que as pessoas evitem a obesidade, que provoca a resistência à insulina e obriga o pâncreas a trabalhar mais que o necessário.
O cuidado com a alimentação é fundamental para quem sofre de diabetes. A preferência por alimentos integrais, ricos em fibras, vitaminas e minerais, deve fazer parte da alimentação de todas as pessoas que desejam evitar problemas de saúde e que dão importância à sua qualidade de vida.
Mesmo que não haja restrição alimentar, o bom desempenho físico, para diabéticos ou não, está associado a uma boa alimentação e à prática regular de exercícios, para manter um estilo de vida ativo. Em muitos casos, é necessário uma mudança no estilo de vida - o que exige perseverança e determinação.
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