Gustavo Leão
Fui disputar um campeonato de surfe no litoral de São Paulo, não
lembro exatamente o ano e esqueci minha carteira em casa. Tive que ficar três dias sobrevivendo dentro de um carro porque não tinha dinheiro para pagar hotel. Fui atrás dos meus amigos, que estavam bem instalados, e dei um jeito de filar pelo menos uma banana, qualquer coisinha que desse pra enganar o estômago. Sonhava desesperadamente com um biscoito para poder comer tranqüilo. Foi a pior viagem de todos os tempos".
Paola Oliveira
Marquei de ir pra Ubatuba com um grupo de amigos, eu tinha 17 anos. Combinamos de ir em vários carros, todos espalhados. Na hora h, não apareceu carro algum, a maioria havia desistido. Tivemos que ir para a rodoviária e fizemos um rateio para pagar as passagens de ônibus. Sem falar que estava lotada, era uma época de muito movimento. Depois de penar na rodoviária, seguimos viagem. Quando chegamos em Ubatuba, estava um dilúvio, uma chuva e enchente, estava tudo alagado! Só faltou pegarmos um bote para voltar, foi um horror".
Astrid Fontenelle
"Uma roubada a gente sempre encontra. Mas a inesquecÃvel foi minha viagem de férias para Fortaleza, no auge dos meus 20 anos. Fui com uma amiga de lá que estava comigo no Mackenzie. E bem aventureiras fomos de ônibus! Tudo aconteceu. O ônibus quebrou três vezes, uma delas em Xique- Xique. Luxo puro! (risos)".
Serginho Groisman
"Aconteceu em 1997. Eu estava voltando de uma viagem de Paris. Não tinha dormido nadinha e estava louco para pegar a minha mala, ir para casa e descansar. Então, me coloquei a postos para pegar a minha bagagem... Ao observar a esteira vi que tinha algo errado. Minha mala não aparecia por lá. Até que chegou a última e não era a minha mala, era uma muito parecida. Fui até o balcão da companhia aérea e sem ter o que fazer fui para casa. Deitei na minha cama preocupado e quando estava caindo no sono, a companhia tocou. Era a companhia me devolvendo minha mala, pois um outro passageiro a havia levado por engano. Essa brincadeira durou cerca de sete horas".
Joana Balaguer
"Faltando dois dias para o Réveillon, eu e meu namorado da época, resolvemos viajar, esqueci até o nome da cidade, mas era um lugarzinho reservado no Rio de Janeiro mesmo. Viajamos de ônibus, mochila nas costas, um perrengue danado, porque pegamos engarrafamento na estrada mas, enfim, chegamos. Assim que cheguei que vontade de sentar e chorar. O hotel era tão ruim que nem espelho tinha. No final do dia eu já estava de saco cheio de estar ali e a gente brigava o tempo todo. Liguei chorando para minha mãe me esperar na rodoviária porque eu não queria passar a virada do ano daquele jeito. Conclusão: voltei no dia seguinte, dia 31 de dezembro e terminamos o namoro no mesmo dia. Deu tanta coisa errada que era melhor ir cada um para um lado".
Carlos Alberto de Nóbrega
"Em 1960 eu e o Golias fomos convidados a fazer um show em Cuiabá. SaÃmos do Rio de Janeiro à s 5h30 da manhã e depois de pararmos em OITO aeroportos, chegamos na cidade. Para nossa surpresa, não havia ninguém do clube que nos contratou para nos receber. Fomos até o local e lá, ninguém sabia de show nenhum. Finalmente conseguimos localizar o responsável pela apresentação. Ao nos ver, falou admirado: "...xiii!!! à hoje????". à claro, não houve o show. Nem hotel tinha para nós! Voltamos para o Rio sem o dinheiro... Foi uma viagem para o Inferno!!!!!