Cientistas britânicos dizem ter descoberto um gene relacionado ao canhotismo que, além de aumentar a probabilidade de as pessoas serem canhotas, também estaria associado ao risco de doenças como a esquizofrenia. A equipe do Centro de Genética Humana da Universidade de Oxford acredita que o gene, nomeado LRRTM1, desempenha um papel importante no controle de partes do cérebro que comandam certas funções específicas como a fala e as emoções.
O estudo publicado na revista Molecular Psychiatry explica que nos destros, o lado esquerdo do cérebro normalmente controla a fala e a linguagem, enquanto o direito comanda as emoções. Nos canhotos acontece exatamente o contrário e, na opinião dos cientistas, o gene LRRTM1 seria o responsável por essa troca. Os pesquisadores estimam que o gene não só arrumaria o cérebro dos canhotos de forma diferente, como também aumentaria o risco de esquizofrenia, uma doença mental freqüentemente ligada ao desequilíbrio da função cerebral.
A esquizofrenia se carateriza principalmente por sintomas como confusões mentais, alucinações (sobretudo auditivas) e delírios.
Clyde Francks, que liderou a pesquisa, disse esperar que a pesquisa "ajude a entender o desenvolvimento da assimetria do cérebro".
O pesquisador ponderou que os canhotos não devem se preocupar com a ligação entre canhotismo e esquizofrenia.
"Há muitos fatores que levam certos indivíduos a apresentarem esquizofrenia e a grande maioria dos canhotos nunca vai desenvolver o problema", afirma Francks.
"Ainda não conhecemos com precisão o papel deste gene".
Algumas evidências sugerem que há grandes diferenças entre canhotos e destros. Uma pesquisa feita na Austrália no fim do ano passado indicou que pessoas canhotas pensam mais rápido quando estão praticando certas atividades, como esportes ou jogando jogos de computador.
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