Evidências científicas demonstram que a mulher apresenta uma menor tendência de desenvolver doenças cardiovasculares, comparativamente ao homem. Acredita-se que os hormônios femininos (estrogênios), seriam os prováveis fatores relacionados a essa proteção, e que a maior exposição a fatores de risco, como o tabagismo e o etilismo, seriam os responsáveis pelo maior agravo no sexo masculino. Entretanto, outros fatores poderiam estar envolvidos, necessitando de mais estudos para serem determinados.
Pesquisadores escoceses observaram que fatores psicológicos e culturais poderiam estar envolvidos no desenvolvimento de doenças coronarianas. Perfis ditos 'masculinos' ou 'femininos' possivelmente interfeririam nessas enfermidades. O International Journal of Epidemiology apresentou os resultados da avaliação feita por esses estudiosos.
704 homens e 847 mulheres, com idade média de 55 anos, foram acompanhados e avaliados, em 1988, através de um questionário específico (o Bem Sex Role Inventory - BSRI). Seu principal objetivo foi a caracterização desses indivíduos quanto aos seus perfis de masculinidade e feminilidade. Essas características foram posteriormente analisadas quanto ao surgimento de enfermidades cardíacas e vasculares.
Como características psicológicas masculinas os autores consideraram, entre outros parâmetros, a capacidade de defesa de seus próprios objetivos; a independência; o poder decisivo; o aspecto dominante; a presença de personalidade forte; a habilidade de liderança; a tendência a enfrentar riscos; o caráter agressivo. Já como marcas femininas, os autores utilizaram a afetuosidade; a simpatia; a sensibilidade frente às necessidades de outrem; a compreensão; a compaixão; a ternura; a gentileza e o amor a crianças, entre outras.
Os pesquisadores observaram os homens que se identificavam com características principalmente masculinas eram os que se apresentavam sob maior risco de desenvolver doenças coronarianas. Contrariamente, os homens cujo perfil psicológico possuía traços femininos, uma menor tendência a desenvolver tais enfermidades foi notada.
Para os autores, os achados demonstram que o perfil psicológico é capaz de interferir na saúde do indivíduo, em especial no surgimento de doenças cardiovasculares. Contudo, mais estudos sobre a influência social e psicológica sobre o desenvolvimento de enfermidades precisam ser realizados.
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