Os hospitais brasileiros começam a dar atenção aos pacientes que sofrem ou podem sofrer de um tipo especial de tumor, o que é passado de pai para filho. Pelo menos 15 instituições do PaÃs já abriram ou estão montando ambulatórios de aconselhamento em câncer hereditário, responsável por 10% dos casos da doença.
Como nos demais serviços de câncer, esses ambulatórios oferecem tratamento médico e acompanhamento psicológico. A diferença está na presença de um geneticista, profissional que analisa exames de DNA e identifica quais pessoas de uma famÃlia ficarão doentes antes mesmo do aparecimento das primeiras células cancerosas.
Isso é importante porque as mortes costumam ocorrer nos casos em que os pacientes descobrem a doença e começam o tratamento quando já é tarde demais. Para a cura, é imprescindÃvel o diagnóstico precoce.
Na cidade de São Paulo, existem ambulatórios de câncer hereditário no Hospital A.C. Camargo (antigo Hospital do Câncer), na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e, há poucos meses, no Hospital Albert Einstein. No interior do Estado, há serviços no Hospital das ClÃnicas de Campinas e no de Ribeirão.
No inÃcio deste ano, o Instituto Nacional de Câncer (Inca), ligado ao Ministério da Saúde, organizou mais de dez hospitais públicos de todas as regiões do PaÃs numa rede que pretende se tornar referência nacional no diagnóstico, no tratamento e no estudo do câncer hereditário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.