Um hospital na Tanzânia confundiu dois pacientes que tinham o mesmo nome de batismo e realizou a cirurgia errada em ambos.
Emmanuel Didas, que foi internado para uma operação no joelho depois de um acidente de motocicleta, está inconsciente, no centro de terapia intensiva, depois de uma cirurgia na cabeça. Ao mesmo tempo, um paciente com enxaqueca crônica, Emmanuel Mgaya, está se recuperando de uma operação no joelho pela qual não esperava.
Alguns parentes revoltados estão exigindo uma investigação completa sobre o incidente no Hospital Muhimbili, na capital Dar-es-Salam.
Médicos do hospital se recusam a comentar o incidente, ocorrido na semana passada, mas que não foi notificado oficialmente. O Ministério da Saúde e Bem-Estar Social afirma que ordenou um inquérito sobre o erro médico.
"Isto é negligência porque um médico precisa saber que um joelho fica muito longe da cabeça", disse um dos parentes de Didas. A famÃlia, que está realizando uma vigÃlia diante do centro de terapia intensiva, ainda não foi informada sobre os detalhes da inesperada cirurgia na cabeça.
"Os médicos nem nos contaram que Emmanuel tinha tido uma operação na cabeça. à responsabilidade do médico certificar-se de que os pacientes recebam o tratamento certo", disse o parente.
Do lado de fora da ala, os parentes do estudante secundarista Emmanuel Mgaya falaram sobre o tratamento errado que ele recebeu. "Nós achamos que talvez as enfermeiras tenham misturado os registros dos pacientes porque eles foram internados na mesma ala e têm o mesmo nome de batismo", disse um deles.
Mgaya desenvolveu recentemente enxaquecas fortes quando estudava para o exame final da escola e foi encaminhado de um remoto distrito no sul da Tanzânia para o Hospital Muhimbili. "Nós ainda temos fé nos médicos. O que aconteceu não fez com que perdessemos a fé", afirmou um membro da famÃlia.
"E nós já falamos com o diretor do hospital, que garantiu que médicos qualificados vão operar nosso Emmanuel Mgaya. Então nós não estamos preocupados." Mas a famÃlia de Didas continua chocada e desapontada.
"Uma pessoa tem vários nomes. Os funcionários deveriam ter checado isso antes da operação", disse um dos parentes dele.