Existe uma ?listra negra? de pessoas marcadas para morrer na fronteira Brasil-Paraguai na extensão que envolve o município de Ponta Porã. Isto é o que declara o jornalista paraguaio Leo Veras, que nesta semana teria sido ameaçado de morte através de mensagens de texto em seu celular.
Diferentemente de Aquidauana, onde alguns militantes da imprensa chegaram a falar em ameaças nos últimos anos, sempre vinculadas a bipolarização no cenário político, em Ponta Porã e adjacências ? leia-se Pero Juan Cabalero ? as ameaças tem se cumprido.
Entre as mortes contabiliza-se nos últimos tempos os assassinatos dos jornalistas Carlos Artaza, do lado paraguaio, e Paulo Rocaro, do lado brasileiro, este ocorrido em uma emboscada em fevereiro de 2012.
?Já ouvi falar desta lista?, destaca o aquidauanense L.A., 43 anos, que tem família na fronteira, lembrando que três profissionais ligados a área de imprensa foram assassinados do ano passado para cá, por matadores profissionais, fazendo desta fronteira um dos lugares mais perigosos do mundo para o exercício do jornalismo, segundo organizações internacionais.
Passageiras
Sobre as ameaças que surgem a profissionais de imprensa na região de Aquidauana, o leitor de O Pantaneiro P.R., 51 anos ? que já adiantamos não ser o vereador Paulo Reis ? entende que elas são passageiras, uma vez que muitos profissionais se alternam nos chamados ?dois lados? da política local. Ou seja, ?o inimigo de ontem transforma-se em amigo e vice-versa, extinguindo-se as tensões?, conclui.
Fazendo eco as palavras do leitor, militante da chamada nova geração da imprensa local opina que em muitos casos as chamadas "ameaças" tem um nome: trata-se de balão de ensaio, visando a mera geração de fatos. Que assim seja!