Pesquisadores do Dana-Faber Cancer Institute, em um artigo publicado no Cell Metabolism em julho deste ano, apontam para novos tratamentos da obesidade a partir de estudos baseados no metabolismo e análise de células de gordura de bebês e de camundongos.
Segundo os pesquisadores, os bebês possuem o que se considera "células-marrons" - células de gorduras capazes de "queimar" as calorias ao invés de armazená-las. Acredita-se que, com o crescimento, essas células se tornam raras entre os adultos, sendo substituídas por "células-brancas", que possuem características opostas às primeiras. Assim, à medida que essas células acumulam calorias, a pessoa aumenta o peso. Essa descoberta levou os cientistas a pensarem sobre a possibilidade de ampliar as "células-marrons" em adultos como uma estratégia de terapia contra a obesidade.
As "células-marrons" são importantes para a sobrevivência. Graças a elas, os bebês, e da mesma forma os ratos, são capazes de produzir calor, o que os auxilia a se proteger do frio. O gene responsável pela transformação das "células-marrons" em "células-brancas" é o PRDM16. Ele foi descoberto pelo cientista Bruce Spiegelman, da Escola de Medicina de Harvard. Modificações feitas em laboratório permitiram o surgimento de células de gordura capazes de se transformar em "células-marrons" ou invés de "células-brancas". Entretanto, a capacidade de transformação dessas últimas células em "consumidoras de calorias" ainda não foi possível in vitro.
Empolgados com as descobertas, os pesquisadores estão almejando novos estudos. Um deles seria a criação de medicamentos capazes de estimular a reversão das células de gordura em "células-marrons", a partir de proteínas produzidas com o gene PRDM16. Outra pesquisa possivelmente em vista é a elaboração dessas células em laboratório, sendo as mesmas posteriormente utilizadas como um tratamento injetável. Novidades quanto à terapia certamente surgiram em breve.
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