Em um pronunciamento realizado em Genova, Itália, em 19 de julho deste ano, representantes da Food and Agriculture Organization (FAO) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), exigiram que medidas de segurança se tornem mais efetivas, em relação à vigilância e controle da qualidade dos alimentos.
O apelo, que é de conhecimento dos cientistas há longa data, resulta da avaliação da composição química de vários alimentos, que apresentam substâncias nocivas ao organismo, como a presença de melanina em rações de peixes e outros animais e o uso indiscriminado de drogas veterinárias, como os antibióticos, na piscicultura. De acordo com especialistas, o consumo desses compostos por seres humanos pode trazer conseqüências desastrosas para a saúde.
Nos últimos 12 meses, um grande contingente de novos problemas, com relação à segurança alimentar, foram investigados pela FAO e OMS. Mais de 200 casos foram notificados a cada mês, fato de grave impacto na saúde pública.
De acordo com Dr. Ezzeddine Boutrif, Diretor da Divisão de Proteção à Nutrição e Consumo da FAO, o consumidor deve ter o direito de ser informado sobre os potenciais riscos agregados aos alimentos e se proteger dos mesmos.
Segundo os representantes, em muitos países em desenvolvimento a legislação, quanto à vigilância alimentar, encontra-se defasada e muito aquém dos requerimentos internacionais. Mas o problema não se restringe apenas a esse grupo; países ditos como desenvolvidos encontram-se em situação semelhante, não cobrindo, por exemplo, a produção primária dos alimentos. A falta de uma política adequada de controle alimentar permite que inúmeros alimentos sejam contaminados por compostos químicos extremamente tóxicos, utilizados na agricultura, como pesticidas e drogas veterinárias, e substâncias usadas como aditivos - potenciais agentes causadores de danos à saúde.
A OMS e a FAO exigem que haja o desenvolvimento de estratégias de segurança efetivas em todos os países, em relação aos alimentos, em especial com relação à inspeção dos alimentos, análises laboratoriais e certificação de qualidade. Essas entidades prestarão auxílio aos governos, em termos de aconselhamento técnico-científico, assim como modelos de referência para serem implantados. Espera-se que com essas medidas a instauração de uma melhor proteção ao consumidor seja realmente estabelecida.
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