Um pediatra belga desenvolveu uma vacina que reduz em cinco vezes o risco de contrair a mononucleose infecciosa, conhecida como "doença do beijo".
O tratamento, elaborado em conjunto com a empresa farmacêutica belga Henogen, foi testado em 90 jovens e só dois deles foram infectados após terem sido inoculados com o vÃrus que causa a doença, informa o jornal "De Morgen".
No grupo de controle, com outras 91 pessoas, dez jovens contraÃram a "doença do beijo", causada pelo vÃrus Epstein-Barr.
A mononucleose infecciosa pode ser transmitida através de um simples beijo na boca e provoca dor de garganta, inchaço nas amÃdalas e um grande cansaço que pode durar meses.
Resultado
A vacina é fruto de sete anos de pesquisas que, inicialmente, tinham como objetivo evitar que os pacientes que precisam passar por um transplante de órgãos contraÃssem o vÃrus.
"O vÃrus muitas vezes é fatal nestes pacientes, pois seu sistema imunológico não costuma funcionar bem, por isso o patógeno pode causar uma espécie de leucemia", disse a criadora do medicamento, Etienne Sokal, ao "De Morgen".
O pediatra também acredita que a vacina poderá ser usada para prevenir outros tipos de câncer, como o de garganta.
Para que o medicamento seja comercializado, ainda precisa passar por outros testes, embora Sokal não saiba se sua descoberta sairá dos laboratórios, já que o número de vÃtimas fatais da "doença do beijo" é muito pequeno.