O tratamento com quimioterapia em crianças que sofrem ependimoma intracraniano, tumor das células que recobrem as cavidades interiores do cérebro, atrasa ou evita a necessidade de submetê-las à radioterapia, segundo revela um estudo realizado no Reino Unido.
Esta conclusão, à qual a revista médica britânica "The Lancet Oncology" dedica um artigo em seu último número, é fruto de uma pesquisa que cientistas de várias entidades acadêmicas britânicas, entre elas a Universidade de Nottingham, fizeram entre 1992 e 2003 com 80 crianças com este tipo de tumor.
Destes, que foram submetidos à quimioterapia, 42% não precisariam ser submetidos posteriormente a tratamentos com radioterapia, enquanto os que tiveram que receber sessões, atrasaram o tratamento em uma média de 20,3 meses.
Nos três anos posteriores à aplicação da quimioterapia, 79,3% das 80 crianças continuavam com vida, enquanto 47,6% não apresentava nenhuma réplica do tumor.
Dois anos mais tarde, 63,4% destes pacientes tinha sobrevivido à doença, embora apenas 41,8% dos 80 doentes tinham conseguido evitar a recaída.
Os analistas asseguram que, das crianças que voltaram a desenvolver a doença, 90% o fez porque algum tipo de tumor tinha reaparecido no cérebro.
"Conseguimos com sucesso o propósito original de evitar ou atrasar a radioterapia nas crianças sem efeitos secundários comprometedores. Nossos resultados confirmam o papel que desempenha a quimioterapia primária nas crianças com ependimoma intercraniana", explicam os cientistas na revista.
Segundo os especialistas, os resultados revelados pela investigação encorajarão especialistas europeus e americanos a seguir investigando este tipo de tumor nas crianças menores.
"Apesar dos avanços que possam ser produzidos, a perspectiva de futuro para as crianças com ependimoma continua sendo negativa e os maiores avanços terapêuticos só chegarão com um melhor entendimento da biologia deste tumor", asseguram os pesquisadores.
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