Alguns recém-nascidos, especialmente os prematuros, podem apresentar um quadro de dificuldade respiratória após o nascimento, denominada taquipnéia transitória do neonato. Esta é uma enfermidade decorrente do excesso de líquidos no pulmão. Normalmente estes líquidos são reabsorvidos ainda na fase fetal. A não reabsorção conduz ao aumento da freqüência respiratória do recém-nascido, geralmente de grau leve, passageira e sem grandes repercussões imediatas na saúde da criança.
Um grupo de cientistas publicou estudo na revista The Journal of Pediatrics, de julho de 2007, no qual avaliaram o risco de surgimento de distúrbios respiratórios em crianças com história de taquipnéia transitória do neonato. Participaram da pesquisa 2.763 crianças, as quais foram acompanhadas até a idade de 7 anos, a fim de se verificar o surgimento de problemas respiratórios, como asma e bronquiolite.
Os resultados divulgados demonstram que 2,4% das crianças avaliadas, possuíam história pregressa de taquipnéia transitória do neonato. Os fatores de risco para esta enfermidade foram a presença de asma materna, peso de nascimento maior ou igual a 4,5 Kg, sexo masculino e residência na zona urbana. As crianças que cursaram com taquipnéia transitória, no período neonatal, apresentaram um maior risco de desenvolver distúrbios respiratórios, em fases posteriores da vida, quando comparadas àquelas que não tiveram a doença quando recém-nascidas.
Assim, os autores concluem que a taquipnéia transitória do neonato é fator de risco para problemas respiratórios futuros. As crianças com história desta enfermidade devem ser identificadas e adequadamente acompanhadas, de forma a diagnosticar precocemente os distúrbios respiratórios que possam surgir.
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