Cientistas dos Estados Unidos confirmaram que os remédios de estatinas usados para reduzir o colesterol e os ataques ao coração também ajudam na prevenção dos problemas cerebrais típicos do mal de Alzheimer.
O estudo dos cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Washington, publicado hoje na revista "Neurology", se soma as análises anteriores sobre os efeitos benéficos das estatinas.
No entanto, esses estudos referentes à doença neurológica incurável, que afeta principalmente idosos com mais de 65 anos, só tinham feito uma comparação entre as pessoas que recebiam a estatina com aquelas que tomavam outro tipo de remédio.
Segundo Gail Ge Li, um dos cientistas que participaram da pesquisa, esta é a primeira vez em que um exame direto dos cérebros dos pacientes que tomam estatinas é realizado.
A equipe da Universidade de Washington analisou os cérebros de 110 pessoas de entre 65 e 79 anos, doados para pesquisas após a morte com o objetivo de continuar o estudo iniciado quando eram vivos.
Segundo o estudo, esse exame revelou que as placas e emaranhados que caracterizam o mal de Alzheimer eram muito menores em tamanho e quantidade nas pessoas que foram tratadas com estatinas para reduzir o colesterol em comparação com aquelas que não tinham consumido o remédio,
"Estes resultados são algo novo, promissores e com importantes implicações em relação às estratégias de prevenção", disse o doutor Eric Larsson, um dos participantes do estudo.
No entanto, ele advertiu que a descoberta precisa de uma maior confirmação já que o estudo não incluiu as normas de controle necessárias.
Isso seria extremamente difícil, pois requereria uma decisão aleatória a respeito das pessoas que receberiam as estatinas para observar se desenvolveram o mal de Alzheimer, além de analisar seus cérebros após morrerem.
Segundo Larsson é possível que algum dia os cientistas saibam com maior precisão quais são as pessoas que tomaram estatinas e tiveram a ajuda do remédio na prevenção das mudanças causadas pelo mal de Alzheimer.
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