Após estupro de menino em Aquidauana, delegada faz alerta aos pais

A delegada Joilce Silveira Ramos, da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Aquidauana, fez alerta aos pais, depois que um menino de 8 anos foi estuprado por um pedreiro de 52 anos, amigo da família. O autor foi preso na quinta-feira (19) e abusava da confiança que tinha com familiares da vítima.

Conforme noticiado, ele pedia aos pais que deixassem o menino ajudá-lo nas obras. Desta forma, ficava sozinho com a criança e cometia os abusos sem grandes dificuldades. “Este caso serve de alerta para pais que confiam em amigos e deixam seus filhos sozinhos na companhia deles. Venho aqui orientar os pais a acreditarem em seus filhos e fazerem a denúncia para a devida investigação e ação da Justiça e também para mostrar a estes monstros covardes capazes destas atrocidades, que o relatório de atendimento psicológico da criança é suficiente para prisão e condenação, eis que se assim não fosse, todos seriam inocentados, vez que só cometem o crime quando estão sozinhos com a vítima totalmente indefesa”, destacou Joilce.

Segundo relatos da própria criança, o homem que é amigo da família, pediu autorização dos pais do menino para auxiliá-lo em seu trabalho, pintura de residências, fazendo pequenos reparos por algumas horas, para com isso ensiná-lo a ter uma profissão.

Confiando no amigo a mãe permitiu e o mesmo se aproveitou que ficavam sozinhos nas obras em construção e abusava sexualmente do menino, dava ao mesmo o valor de R$ 5,00 ou R$ 2,00 e o ameaçava para não contar aos familiares.

A criança criou coragem e contou a mãe, que acreditou no filho e questionou o amigo, que negou os fatos com veemência. Ao ver que a vítima recebeu apoio da mãe e que não iria conseguir desacreditá-lo, se afastou da família.

A mãe registrou Boletim de Ocorrência, e a criança foi submetida a exame médico e acompanhamento psicológico. O primeiro comprovou lesão e o Relatório de Atendimento confirmou os abusos sexuais narrados pela vítima com riqueza de detalhes, acrescentando que “o infante possui um diálogo infantil e preciso quando relata sobre a violência sofrida, o que significa que dificilmente sua fala tenha sido programada ou manipulada por um adulto”.

Ontem o autor foi preso e, interrogado, negou os fatos, porém, devido às provas contundentes, ele foi encaminhado ao Estabelecimento Penal de Aquidauana.