A morte do jornalista Paulo Rocaro, assassinado na noite de 12 de fevereiro de 2012, quando dirigia um Fiat Idea pela Avenida Brasil, em Ponta Porã, parece não ser caso encerrado mesmo depois da coletiva do delegado Odorico Ribeiro de Mendonça, esta semana.
De acordo com o delegado, o mandante do crime foi o empresário Claudio Rodrigues de Souza e o motivo teria sido uma disputa interna dentro do Partido dos Trabalhadores da cidade fronteiriça, distante 353 quilômetros de Aquidauana.
O empresário, conhecido como Claudinho Meia Água, proprietário do Posto São Miguel, em Ponta Porã, teria pretensões de lançar sua esposa Sudalene Machado como candidata a prefeita da cidade, nas eleições passadas. Outra ala do partido, articulada por Rocaro, defendia a candidatura do ex-prefeito Vagner Piatoni.
Na coletiva informou-se que o jornalista Rocaro teria ameaçado Claudinho: caso a candidatura de Sudalene não fosse retirada ele publicaria matérias denunciando o envolvimento do empresário com o crime organizado na fronteira. O empresário teria contratado Claudinho Rodrigues, Luciano Rodrigues de Souza e Hugo Estancarte, todos foragidos, para eliminar o algoz, que era proprietário do site Mercosul News e editor chefe do jornal da Praça na época do crime.
Bomba a vista?
Depois da repercussão da coletiva, convocada com o fim de esclarecer em definitivo o assassinato, colocando fim a uma forte pressão da sociedade, um dos acusados, Claudio Rodrigues, fez contato de São Paulo, onde estaria morando. Segundo ele estará na próxima semana em Campo Grande para esclarecer a imprensa uma outra versão dos fatos.
Em recado postado no facebook, Claudio registrou que não está foragido, como afirmou o delegado de polícia. Criticou a postura do delegado, observando, sobre a coletiva: ?me parece uma limpeza nas gavetas de sua delegacia?.