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Fronteira

Camionetes são queimadas na rota do PCC e polícia de MS "fecha fronteira"

Perícia brasileira está em Sanga Puitã, distrito de Ponta Porã, onde veículos podem ter sido deixados por presos que fugiram

Policiais estão em frente à Penitenciária de Pedro Juan Caballero onde 91 presos fugiram na madrugada

Três caminhonetes incendiadas foram encontradas pela polícia brasileira no distrito de Sanga Puitã, na BR-463, rodovia que liga Ponta Porã a Dourados. A polícia acredita que os veículos foram utilizados para a fuga em massa de 75 presos do Presídio de Pedro Juan Caballero, na linha fronteira, neste domingo (19).

O número foi confirmado pela fiscal Reinalda Palacios, conforme o jornal paraguaio ABC Color, mas, inicialmente, as autoridades acreditavam que 91 presos haviam escapado. Eles escavaram túnel de uma das celas do pavilhão B, onde ficam os presos da facção criminosa PCC.

O secretário de Segurança de Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Videira, diz que foi comunicado ainda na madrugada sobre a fuga no Paraguai. “Imediatamente convocamos todas as policiais da região, Civil, Militar, DOF, Polícia Rodoviária Estadual. Também convocamos os policiais de folga. Assim que o dia clareou, até nosso helicóptero foi para lá”, detalha.

Segundo ele, as equipes estão mobilizadas em Ponta Porã e adjacências, para fechar a fronteira e capturar os foragidos. O passo primordial agora, na avaliação de Videira, é conseguir com as autoridades paraguaias a identificação dos homens que fugiram, para facilitar a fiscalização. Já se sabe que há “vários brasileiros” no grupo, diz o secretário, mas ainda sem número exato.

“A preocupação é grande, porque já vivemos em um clima violento naquela região. São cidades com alto índice de homicídios em 2019”, comenta o secretário sobre a realidade na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.

A Polícia Civil mobiliza homens descaracterizados do SIG (Setor de Investigações Gerais) nas ruas de Ponta Porã e a perícia está no local onde as caminhonetes foram encontradas.

Segundo dados do governo paraguaio, cerca de 600 detentos integram as duas das maiores organizações criminosas brasileiras, PCC e Comando Vermelho.

Em setembro do ano passado, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, demitiu o ministro da Justiça, Julio Rios, e o comandante da Polícia Nacional, Walter Vázquez, após a fuga do narcotraficante Teófilo Samudio, o Samura, líder da facção carioca Comando Vermelho, rival do PCC.

Na época, dois agentes penitenciários foram presos por facilitarem a fuga.


Entenda - Desta vez, os presos, segundo o jornal paraguaio ABC Color, escavaram túnel e conseguiram, praticamente, esvaziar o pavilhão B, destinado aos presos da facção criminosa. Apenas 1 dos presos teve a fuga frustrada. O jornal destaca que diversos sacos contendo areia do túnel cavado estavam empilhados na cela em questão, indício, afirma, de que a fuga mobilizou diversos presos da facção. Mas apesar da quantidade de terra à vista, o plano não foi descoberto pelos agentes penitenciários.

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