Lâmina, de R$ 165 mil, foi entregue à PM envolvido com cigarreiros
Divulgação
Durante as investigações realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na qual são apuradas as responsabilidades existentes na operação Oiketicus, que investiga a associação criminosa de Policiais Militares (PM) com contrabandistas de cigarro produzido no Paraguai, foi identificado um cheque pessoal da desembargadora do Tribunal de Justiça (TJ/MS), Tânia Borges, no valor de R$ 165 mil reais.
A lâmina foi entregue ao tenente-coronel da PM/MS, Admilson Cristaldo Barbosa, preso em 16 de maio, após denúncia de corrupção, lavagem de dinheiro e associação na organização criminosa. Outra informação divulgada na imprensa é de que existem provas obtidas em aparelhos celular, de que a juíza teria solicitado a indicação de Cristaldo, para ser chefe da segurança do TJ/MS, a partir de 2019, período em que assumirá o comando da instituição.
Segundo o advogado da magistrada, André Borges, o motivo do cheque constar na investigação refere-se exclusivamente ao fato de um relacionamento comercial, no qual foi negociado um veículo e o cheque foi apresentado como garantia. A negociação não se concretizou e o valor de R$ 165 mil não foi descontado ou depositado.
"Tratou-se de ato negocial simples, sem qualquer ilícito, feito às claras. Conclusões que Gaeco se apressou em divulgar são precipitadas, enganosas e completamente ilegais, já que sequer o órgão tem competência para investigar uma desembargadora, esclarece o representante jurídico.
Sobre a indicação de cargo comissionado na futura gestão que assumirá no TJ/MS, o advogado explica que sua cliente conheceu o policial em evento de sua entidade, tempos atrás, dele obtendo boas referências, até a divulgação do episódio da recente investigação na operação Oiketicus. "A desembargadora Tânia Borges lamenta ter o nome envolvido e divulgado de forma precipitada e midiática", conclui Borges.
SOBRE O CASO
A operação Oiketikus foi deflagrada no dia 16 de maio pelo Gaeco e a Corregedoria da Polícia Militar, com objetivo de combater a corrupção no âmbito policial. Inicialmente foram cumpridos 66 mandados, dos quais 45 referem-se a busca, apreensão e 21 prisões, em 14 municípios de Mato Grosso do Sul.
Os presos da organização criminosa alvo da Operação Oiketikus são oito sargentos, cinco cabos, quatro soldados, dois tenentes-coroneis, um subtenente e um major, que atuavam no contrabando tanto de cigarros como de outros produtos, como pneus.
Eles não só cobravam propina dos contrabandistas para facilitar o trânsito em rodovias estaduais e na distribuição em municípios, como também tentavam dificultar a atuação de outras forças de segurança na investigação desse tipo de crime. As rotas que os investigados atuavam tinham ligação com a Bolívia e o Paraguai.
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