X
Defron

Empresário de Maracaju é apontado como 'El Patrón' do tráfico

Divulgação Defron

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul deflagrou a operação “El Patrón”, na manhã desta sexta-feira (3), em Maracaju. A ação desarticulou um esquema milionário de tráfico de maconha supostamente chefiado por um casal de empresários do ramo de transportes do município.

De acordo com a reportagem do G1 MS, ao todo foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, nove de busca e apreensão em Maracaju e o bloqueio/sequestro de cerca de R$ 15 milhões em bens pertencentes aos integrantes da organização criminosa voltada ao tráfico de drogas.

O nome da operação faz referência a como o chefe é chamado entre os envolvidos no esquema, o “El Patrón”. De acordo com a Polícia Civil, a investigação que levou a desarticulação da quadrilha começou após a apreensão do maior carregamento de maconha da história do estado, 33 toneladas.

Esse carregamento, apreendido pelo Departamento de Operações de Fronteira (DOF), em agosto de 2020, era desta organização criminosa, conforme a polícia.

Uma força-tarefa foi formada para a ação desta sexta-feira. Participaram policiais das delegacias Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), de Ponta Porã, de Anaurilândia e Maracaju, da Especializada no Combate a Crimes Rurais e Abigeato (Deleagro) de Rio Brilhante, e ainda da Seção de Investigações Gerais (SIG) de Nova Andradina e do Departamento de Operações de Fronteira (DOF).

Dentre os bens apreendidos pela justiça estão carretas, automóveis e imóveis residenciais e comerciais, pertencentes aos integrantes da organização criminosa e outros em que figuram como proprietários “laranjas” desses indivíduos, além de bloqueadas várias contas bancárias.



Investigação

As investigações começaram justamente após a maior apreensão de maconha do país. Na época, apenas duas pessoas foram presas, que atuavam como vigias da carga. Posteriormente, o motorista também foi detido em Mato Grosso.

O rastro da carga acabou levando os policiais a identificar os chefes da organização criminosa, um casal até então proprietário de uma transportadora sediada na cidade de Maracaju, empresa que detém várias carretas, e que para ocultar a propriedade de outras, simulava contratos de arrendamento ajustados com pessoas físicas e jurídicas utilizadas como “laranjas”.

A carreta que transportava as 33 toneladas apreendidas, por exemplo, foi adquirida pelo casal pouco mais de um mês antes de ser apreendida com a droga, sendo que, para ocultar a propriedade, o automóvel foi colocado no nome do motorista preso em Mato Grosso. Até o veículo utilizado pelos vigias da carga, era do casal de empresários.

Segundo a polícia, vários familiares do casal atuaram no caso das 33 toneladas, dentre eles o pai, o irmão e o primo do empresário líder do esquema criminoso, cada um desempenhando uma função específica.

Conforme o apurado pela polícia, o chefe da organização, ou "El Patrón", inclusive, tinha o costume de acompanhar a carga na saída da sua propriedade rural, em Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul, até as proximidades, ditando os comandos sobre a rota a ser seguida e demais assuntos por um radiocomunicador.

A investigação da Polícia Civil apontou que além de algumas cargas menores, a organização criminosa conseguiu enviar de Mato Grosso do Sul para São Paulo um carregamento com 23 toneladas de maconha.

Para comemorar o êxito, o chefe da quadrilha teria promovido uma grande festa em Campo Grande, contratando, até mesmo, uma prostituta de luxo em São Paulo, para a celebração.

Especialista em radiocomunicadores

Para facilitar a comunicação entre os integrantes da organização criminosa, a polícia descobriu que havia um especialista na instalação de radiocomunicadores de forma simulada. O homem, que mora em Sidrolândia, é proprietário de uma oficina mecânica e, inclusive, tem passagem criminal pela instalação irregular de radiocomunicadores, atividade que depende de autorização da Anatel.

Segundo a polícia, os equipamentos eram bem escondidos e foram instalados dentro dos painéis dos veículos. Para que fossem ativados demandavam que o motorista acionasse simultaneamente vários equipamentos, como a chave de setas e o botão do ar-condicionado.

Deixe a sua opinião

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Saúde

SES inicia vacinação de estudantes até 15 anos em escolas da rede pública de ensino

Estarão disponíveis todas as vacinas do calendário vacinal do Ministério da Saúde

Meio Ambiente

Gestão de águas subterrâneas marca abertura do V Seminário Estadual da Água

A coletânea é assinada por diversos autores

Voltar ao topo

Logo O Pantaneiro Rodapé

Rua XV de Agosto, 339 - Bairro Alto - Aquidauana/MS

©2024 O Pantaneiro. Todos os Direitos Reservados.

Layout

Software

2
Entre em nosso grupo