Dois incêndios já consumiram pelo menos 100 mil hectares da região do Pantanal nesta semana. Foram 72 mil hectares da região do Morro do Urucum, em Corumbá, e pelo menos 30 mil hectares da região do Passo do Lontra, próximo a Fazenda Cristo, no município de Miranda. Ambos os incêndios duraram mais de três dias.
Pelo menos 130 bombeiros, brigadistas da empresa Urucum Mineração, da Vale do Rio Doce, e militares do Exército ajudaram a combater o fogo que teve início ainda na última terça-feira, dia 11, no Morro do Urucum. O Corpo de Bombeiros só foi acionado ontem para ajudar no controle das chamas.
O Corpo de Bombeiros enfrentou dificuldade para combater o incêndio devido a dificuldade de acesso a região, entretanto, segundo o cabo Robson Assunção, na manhã desta sexta-feira o fogo já foi controlado.
O fogo não chegou a atingir a sede da empresa Urucum, nas proximidades do incêndio. Ontem, havia risco que as chamas atingissem a antena da FAB (Força Aérea Brasileira), que fica no alto do morro do Urucum e controla o espaço aéreo na região. A empresa Urucum Mineração teve de paralisar as atividades de mina de ferro e de planta de beneficiamento de manganês.
Energia
Em muitas regiões o fogo chegou a atingir a rede de distribuição de energia elétrica. No último fim de semana, moradores das cidades de Corumbá e Ladário chegaram a enfrentar falta de energia elétrica devido a queimada que atingiu o Passo do Lontra e o Morro do Azeite, na região de Miranda.
Foram registrados desligamentos em pequenos espaços de tempo, pois o fogo atingiu a região onde estão fixadas 80 das 910 torres que sustentam a linha de energia do oeste do Estado, conforme informações do gerente de operaçãoes da Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul), Adilson Panizza.
Clima seco
As queimadas são favorecidas pelo clima seco. Mato Grosso do Sul já enfrenta aproximadamente 50 dias sem chuva. A temperatura chegou a atingir a máxima de 41ºC nesta semana em Campo Grande, conforme informações e meteorologia Natálio Abrahão.
A umidade relativa do ar também está baixa no Estado. Nesta semana a umidade atingiu o nível crítico de 10% (clima de deserto). A situação, de acordo com previsão do meteorologista, só deve melhorar a partir de 15 de outubro, entretanto ainda deve chover neste mês.
Inmet
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Mudança Climática
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