Rita de Souza, de 41 anos, irmã de Noel de Souza Garcia, cujo corpo foi resgatado ontem no Rio Miranda, acusa o policial militar ambiental Antônio Lima Costa de abuso na abordagem. O corpo do irmão foi retirado do rio e o IML (Insttuto Médico Legal) constatou que ele levou um tiro na altura da cintura.
Garcia, que era piloteiro em rios do Pantanal, estava com três amigos pescando quando o grupo foi abordado pelo militar, que estava de folga e sem uniforme. Ele efetuou disparos e informou à Polícia Civil que atirou devido à resistência dos pescadores, que estariam usando petrechos proibidos.
Chegou a ser noticiada a tese de legítima defesa, uma vez que Garcia tinha uma faca. Rita diz que um dos amigos do piloteiro, Claudemir Pereira Mendes, que foi baleado nas pernas, confirmou que Garcia segurava uma faca, mas para mexer no motor do barco, no qual estavam os pescadores. A ação do policial foi considerada como estrito cumprimento do dever, o que exclui a culpa do militar.
O policial afirmou em seu depoimento que o grupo já estaria na margem do Rio Miranda e resistiu à abordagem. Rita diz que o militar primeiro deu ordem de prisão e depois se apresentou. Ela acusa o policial de estar embriagado. Costa já se apresentou no Comando da PM, em Campo Grande, após o episódio.
Flávio da Silva França se entregou e um dos pescadores ainda está foragido- trata-se de Roberto Moura França, que pode ter a prisão decretada se não procurar a Polícia Civil. Os demais estão soltos por decisão judicial.
Direitos Humanos - A Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Corumbá decidiu entrar na histário e apoiar a família de Garcia, que já foi procurada pelo advogado Fernando Cavalcanti. Ele considera que há indicativos de abuso de autoridade por parte do policial ambiental e pretende acionar o Estado para exigir punição.
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