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Segurança

Metade da munição ilegal entra no Brasil por Mato Grosso do Sul

Paraguai e Bolívia são os principais fornecedores do tráfico de armamento para o Brasil

Carga de droga apreendida ontem, na BR-060, escondia duas submetralhadoras - Foto: Divulgação

Armas e munições vindas do Paraguai e da Bolívia são os principais alimentos do crime organizado que opera em grandes centros brasileiros, como Rio de Janeiro e São Paulo, particularmente nos morros cariocas. Apesar da falta de investimentos federais na segurança das fronteiras, pelo menos a metade do armamento apreendido e que tinha essa destinação acabou sendo interceptada ainda em Mato Grosso do Sul.

Na prática, caso houvesse interesse da União em exercer um maior controle nas linhas fronteiriças de entrada, o ciclo de alimentação do crime organizado poderia ser cortado. A fragilidade da segurança federal nas faixas de fronteira com o Paraguai e a Bolívia, por Mato Grosso do Sul, tem favorecido a atuação das quadrilhas, que operam especialmente com o tráfico de armas e drogas.

ALGUNS NÚMEROS

Dados do Ministério Extraordinário de Segurança Pública (Mesp) revelam que, em um ano, durante a Operação Égide, realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram apreendidas 1.418 armas de fogo (fuzis, metralhadoras e pistolas) e 232.559 munições de vários calibres, produtos do tráfico. Desse volume, pelo menos 750 armas e 115.738 munições ficaram no eixo Mato Grosso do Sul, a caminho do Rio de Janeiro.

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