A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON), identificou um professor de letras da rede de ensino do município de Ponta Porã que teria passado a ostentar um padrão de vida incompatível com a remuneração recebida.
A investigação apontou que, apesar de receber um salário mínimo, o suspeito passou a publicar fotos de viagens, além de gastar valores elevados nos bares de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero e se identificar como amigo de patrões do tráfico de drogas. A DEFRON apurou que o investigado estava utilizando o imóvel residencial pertencente a sua mãe, residente na Espanha, para armazenar drogas ilícitas.
Na manhã desta quinta-feira, por volta das 11h30, durante monitoramento no imóvel onde estariam sendo armazenadas as drogas, localizado no Jardim das Rosas, policiais da Especializada identificaram quando o investigado parou um automóvel GM Celta, de placas paraguaias na frente do local, lá adentrou e logo em seguida saiu carregando uma caixa de isopor.
Diante de indícios de que drogas estavam no interior da caixa, os policiais abordaram o automóvel, no qual, além do investigado, encontravam-se outras duas outras pessoas.Vistoriada a caixa de isopor, não foram encontradas drogas em seu interior. Contudo, o investigado relatou aos policiais que a mãe dele não possuía relação com o fato que estava no interior da residência.
Perguntado o que havia na residência, o investigado expôs que guardava para “desconhecidos” tabletes de pasta base de cocaína, recebendo R$ 10.000,00 por semana por essa empreitada. Vistoriado o imóvel, foram encontrados dentro de caixas de papelão e de isopor centenas de tabletes de pasta base de cocaína, que pesados totalizaram 104,650 kg.
Sobre os dois outros indivíduos que estavam no automóvel, apurou-se que, na companhia do preso, iriam realizar um churrasco em um espaço de lazer, não se identificando relação deles com o crime. Os policiais apuraram ainda que o professor de letras teve o seu contrato de trabalho rescindido pelo município de Ponta Porã em dezembro de 2021.
Ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico, sendo representado pela decretação de sua Prisão Preventiva.