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Homicídio na Capital

‘Se soubesse, teria tirado a arma’, diz chefe da Guarda sobre agente que matou a ex

Agente já estava matriculado para curso de capacitação, onde apresentaria resultados dos testes psicológicos

“Se tivesse retirado a arma, quem disse que não usaria outros meios para cometer o crime”, falou secretário / Henrique Arakaki, Midiamax

O secretário da SEDES (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) Valério Azambuja disse nesta terça-feira (3) durante evento de comemoração dos cincos anos da Casa da Mulher Brasileira, que ‘se soubesse das medidas protetivas contra Valtenir, teria retirado a arma”, falou Azambuja. O secretário ainda disse que o agente já estava matriculado para na próxima semana participar de um curso de capacitação, e nesse curso apresentaria os resultados dos testes psicológicos, que devem ser apresentados a cada dois anos.

“Se tivesse retirado a arma, quem disse que não usaria outros meios para cometer o crime”, falou o secretário. Ele ainda falou que os únicos casos impeditivos para o porte de arma, são aqueles já com condenação o que o agente não tinha. Quando questionado sobre uma agressão do agente em 2014 contra uma ex-namorada, o secretário disse que não sabia sobre o caso.

Valtenir está foragido desde o dia do crime, que aconteceu na noite do dia 29 de fevereiro, quando Maxelline estava na casa de amigos, no Jardim Noroeste, em Campo Grande, em um churrasco e o agente foi até o local, quando os dois começaram a discutir e o guarda-municipal matou a tiros a ex-namorada, por não aceitar o fim do relacionamento.

Sua prisão preventiva já foi decretada, durante o plantão judiciário de domingo (1º). A juíza titular da 1ª Vara da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Capital, Helena Alice Machado Coelho, decretou a prisão do guarda.

Maxelline havia registrado um boletim de ocorrência por violação de domicílio e ameaça, no fim do mês passado, contra o agente. Na delegacia, na ocasião, a professora contou que manteve relação com o guarda municipal, mas ele não aceitava o fim do relacionamento. A vítima pediu uma medida protetiva de urgência, que foi autorizada pela juíza Jacqueline Machado. Cinco dias após ser intimado e ficar ciente da medida protetiva, Valtenir Pereira da Silva matou a ex-namorada.

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