O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, vai nesta terça-feira ao 1º Tribunal do Júri de Campo Grande para responder à acusação de mandante da execução de João Morel, seu ex-aliado e ex-fornecedor de maconha. Morel foi morto em janeiro de 2001 na Penitenciária Estadual da capital sul-mato-grossense.
O julgamento do traficante, previsto para começar às 9h (horário de Brasília), deve mudar a rotina da população de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Para garantir a segurança da área, desde as 6h, e durante todo o julgamento, os trechos das ruas 25 de Dezembro, Barão do Rio Branco e da Paz, em frente ao prédio, estão fechados.
Apesar de o fórum manter seu funcionamento normal, somente pessoas previamente credenciadas terão acesso ao plenário do Tribunal do Júri e não será permitida a entrada no local com celulares, gravadores, câmeras fotográficas e filmadoras. Apenas os servidores não serão revistados na entrada. O restante, incluindo os advogados, serão submetidos a revista.
Para evitar qualquer possibilidade de atentado contra Beira-Mar, o edifício está totalmente cercado por homens da Força Nacional de Segurança, agentes penitenciários e pelas polícias Federal, Militar e Civil. Ao todo, são cerca de 300 homens.
Condenações
Beira-Mar acumula mais de cem anos de prisão em decisões sem direito a recurso. Uma nova condenação na Justiça local deve dificultar as pretensões do traficante de voltar ao Rio de Janeiro - hoje ele está na Penitenciária Federal de Campo Grande. Para promotores do Estado, esse temor deve ter sido a principal motivação para a defesa tentar adiar o julgamento. O pedido foi negado na quinta-feira pelo ministro Nilson Naves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Ao ser interrogado pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, o traficante deverá negar a autoria intelectual do crime. Ele continuará a dizer nunca ter conhecido Morel, que, no entanto, o abrigou em Capitan Bado, no Paraguai, quando a PF fechou o cerco contra Beira-Mar em Pedro Juan Caballero, no limite com Ponta Porã, em 1999. O julgamento deve terminar nesta terça-feira.
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